sábado, 16 de maio de 2015

Sobre sorrisos e temperos



“E se te faz tão bem, se tira do seu rosto a tristeza, 
por que você quer aprender a viver sem ele?”



Lily tem um coração marcado por dores tão grandes que nos faz questionar quanto um coração pode suportar. Mas, bravamente ela continua a flutuar sobre as dores. Tornou-se o que melhor poderia ser, ainda que se veja perdida. Talvez seja este meu jeito meio maternal que tenha me permitido enxergar nela a doçura de uma menina (brava, decidida, teimosa, mas ainda uma menina).

Sabe Lily, o que eu não lhe falei em nosso encontro foi que percebi algumas perdas em você. Você perdeu algumas ilusões, alguns vazios e principalmente, a tristeza que simplesmente achou que poderia morar em seu peito. Sei da existência de uma enorme lista de prós e contras (ainda que não tenha mencionado), mas o que também não lhe falei, é que alguns sentimentos existem apenas para um determinado momento de nossas vidas. Essa transformação que está acontecendo lenta e progressivamente tem um único objetivo: temperar a vida, torná-la pulsante, intensa, real e em carne viva.

Viva este momento sem aperto no peito. Apenas viva. Da forma que puder. Da forma que quiser. Não finja que não se importa, que não sente vontade, não abandone as palavras quando precisar tanto delas (ou de um abraço). Seja forte, mas suave. Seja dona, mas não sinta-se aprisionada. Permita-se apenas ao riso, sem indagações ou planos para o futuro, ainda que ele aconteça nos próximos dez minutos. Permita que apazigue seu coração e se isso lhe assombrar, lembre-se que sua companhia transborda alegria quando estão juntos. 



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