terça-feira, 30 de março de 2010

O amor não é óbvio


Você pode ler ao som de Eduardo e Mônica

A mulher de seus sonhos se parece com a Penélope Cruz e o príncipe encantado dela sempre foi o Denzel Washington, mas eles sabem que a vida real é bem melhor que os delírios da imaginação.
Ele se prende a números, ela a felicidade de cada momento. Ela se preocupa com os vizinhos, ele ignora a existência deles. Ela pensa no que é para sempre, ele somente no “eterno enquanto dura”. Ele gosta de abacaxi, mas não esquece que ela é alérgica.
Ele adora sertanejo e não gosta de MPB, mas quando viajam juntos, escutam Djavan. Ela adora a cidade, o barulho, lojas de departamento, teatro, cinema e chopp com os amigos toda sexta-feira; ele prefere o silencio, a calmaria (que ela chama de pasmaceira) e segurança do interior. Ela pensa em filhos aos 35 e inventa teorias sobre como criá-los; ele é categórico em dizer que não existe teoria que substitua a prática. Ele sabe exatamente aonde quer chegar com sua carreira enquanto ela pensa em viver pela paixão por sua profissão. Ela agitada, sempre falante e fazendo graça. Ele sério, concentrado e organizado. Ela chega e bagunça a mesa procurando algo que não está lá. Ele adora acordar tarde aos domingos, ela levanta cedo e faz barulho tentando manter silencio. Ele gosta quando ela veste rosa, ela prefere o azul. Ela gosta dele quando deixa a barba por fazer, ele faz a barba todas as manhãs. Ele nunca quebrou um copo sequer, ela quebra pelo menos um por semana.
Ele berra que a ama, ela prefere nem dizer. Ela quis saltar de parapente, mas teve medo. Ele não queria e saltou. Ela é temperamental, ele temperado.
Ele ri porque não consegue mudá-la, foi esse jeito de menina que trouxe alegria aos seus dias. Ela admira o seu olhar sério e independente. Ela os dias, ele as noites. Ele se dedica a conquistá-la todos os dias, seja com um telefonema às duas da tarde, bilhete no espelho, uma flor na bandeja do café da manhã ou indo buscá-la na faculdade. Ela alimenta essa paixão com seus olhares, sua voz macia e os carinhos constantes.
Eles adoram cachorros e ler juntos. Trocaram manuais de instruções e juras de amor. Compram uvas e flores todos os sábados. Desde o primeiro momento decidiram que não seriam almas gêmeas, seriam almas que se aceitam, se encaixam, se completam.
Eu desisti de encontrar a lógica que os uniu, o que fez com que dois extremos se encontrassem e não se deixassem mais. Aliás, como diria o poeta: “E quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer que não existe razão?”

Meu amor pelo Jabor

Por tantos textos e crônicas, mas sem tempo de detalhar cada um 387.985.652 motivos, então um trecho
do texto que me fez tão bem....

"Legal mesmo é mulher de verdade !!!

E daí se ela tem celulite?
O senso de humor compensa.
Pode ter uns quilinhos a mais, mas é uma ótima companheira.
Pode até ser meio mal-educada às vezes, mas adora sexo.
Porque celulite, gordurinhas e desorganização têm solução (e, às vezes, nem chegam a ser um problema).
Mas ainda não criaram um remédio pra futilidade."

Arnaldo Jabor

domingo, 28 de março de 2010

Mistura de mulheres

Amo as mulheres da minha vida! Não é nenhuma frase de apologia ao lesbianismo, pelo amor de Deus, mas é que sou uma mulher, cercada de mulheres especiais. A começar pela minha mãe! Não tenho como descrevê-la sem deixar faltar alguma coisa. Todas as palavras que conheço não poderão jamais dizer o que ela é, o que representa e como a admiro. Bem mais que amor, bem mais que amizade, muito mais que tipo sanguíneo. Minha irmã, minha maninha, mulher mais corajosa que 500 valentes. Não tem medo de barata, dá tapa na cara de bandido e enfrenta o touro na unha! Aprendi a ter coragem com ela, só que algumas lições eu perdi e o medo está sempre rondando minha porta (medo de trovoada, de mar com água escura, de escada, de altura ..., rs*).

Minhas amigas, mulheres especiais e necessárias. Corajosas e determinadas. Ousadas e femininas. Sinto-me numa escola observando e aprendendo sobre a vida com elas. A Rosangela, meu exemplo de superação (merecia estar num desses depoimentos da novela Viver a Vida... Taí, vou começar a campanha “Rosangela na novela das 8h”, rs rs) e garra, mandou um e-mail com a frase que define a nossa ‘panelinha’: "nenhuma de nós é tão boa quanto todas nós juntas."

Isso é verdade! Somos diferentes e parecidas, engraçadas e melancólicas, inteligentes e patetas, mas somos nós! Cada uma ao seu modo, cada uma do seu jeito, mas é quando a gente se junta que parece fazer todo sentido! Vira e mexe sai uma de bico com a outra, ou mega apaixonada pelo carinho que lhe foi feito, a ligação recebida, o apoio incondicional, o puxão de orelhas no momento certo... Algumas a distancia, outras mais perto, mas a verdade é que somos realmente uma "panelinha" de mulheres. Ingredientes diferentes, temperos diversos, misturas inusitadas que findam num belo prato: nossa amizade!!

Ah! Agradeço ao Senhor por ter escolhido a “chef” And, como responsável por esta mistura! Sem ela, jamais teríamos nos encontrado!

Amo vocês, minhas amigas!

Ps: Rô, você já reparou na quantidade de campanhas que fazemos por você? Kkkk mil vezes..

Pra não dizer que não falei das flores (Nadine)

Demorou-se no banho. Abusou do poder tranquilizante da água morna. Queria estar relaxada. Escolheu calmamente a roupa que iria usar. Um vestido vinho de Jersey, mangas 7/8 para o fim de tarde outonal. Maquiagem leve, olhos em destaque. Colar de prata. Bolsa marfim e saltos em tom parecido. Perfume suave, apropriado para ocasião. Taxista avisa por interfone que já está a sua espera. Respira fundo, pega as chaves de casa e confere se está tudo na bolsa – agenda, celular, documentos, ipod, “Céu de Origamis,” para ler enquanto espera.

O caminho até o aeroporto nunca pareceu tão distante. Para tentar não  demonstrar ansiedade resolve ouvir música, a canção que começa é exatamente a que escolheram para ser de seus encontros e pensamentos. O coração que antes estava disparado, por um momento se acalma. E realmente é necessário, pois descobre ao chegar ao aeroporto que todos os vôos internacionais atrasaram. Senta-se na cafeteria e tenta se concentrar na leitura. Em vão pois, seu pensamento vai até a noite que se conheceram. As palavras que trocaram, a vontade de que as horas parassem e pudessem conversar cada vez mais, conhecer mais daquele que estava pronto para mudar a sua vida por ela, e ela escrever sua história ao lado dele. Vidas que se encontraram, não por destino, mas porque entenderam que não haveria felicidade distante. Lembra do perfume de Luca dominando o ambiente, de seu olhar sério e ao mesmo tempo distraído  Conclui que  o médico português é mais do que sua imagem tenta mostrar. De maneira alguma pode limitá-lo como cético e altivo (muitos poderiam descrever Dr. Luca Arruda como alguém assim, mas ela enxerga além das aparências e repetições de sua profissão). É um homem sonhador e de humor refinado. Entusiasta e galanteador, jamais um conquistador barato. Enquanto as lembranças deixam em seu rosto um sorriso, ensaia novas palavras, novos gestos para o tão esperado abraço.

Pouco mais de uma hora se passa e anunciam que o vôo vindo de Lisboa está pousando. Retoca o batom malva e confere se o olhar não denuncia o cansaço, não quer parecer aborrecida por esperar, afinal de contas, o que são 70 minutos para quem esperou toda uma vida longe de um grande amor?

Pode avistá-lo, camisa preta, calça índigo, sorriso largo e uma rosa nas mãos. Uma. Como prometeu, lhe daria uma rosa cada vez que se encontrassem, pelo resto de seus dias. Esta seria a primeira de tantas... À medida que se aproximava, o coração parecia querer dominar o resto do corpo, já não batia mais, tinha certeza que era possível perceber que saltava do corpo. A mulher que estava a sua frente era com certeza, tudo o que sempre desejou. Estava exatamente como havia imaginado tantas vezes. Seu sorriso estava entre a alegria e euforia do encontro e emoção do tão sonhado beijo.

Assim como na tantas vezes repetido junto com a canção “pois cedo ou tarde toda espera tem seu fim”, a espera dos amantes, dos amores, dos amigos, das vidas que se completam, estava chegando ao fim. Mãos que se tocam, se entrelaçam, se reconhecem ... Abraço demorado, sentem como se enfim, estivessem encontrando alento para suas almas cansadas. Olhos fitando lábios, mão segurando firme sua nuca, o beijo parece inevitável, mas ele resolve sussurrar:

- Minha espera acabou. Você, não é apenas apaixonante, não é somente especial... Eu para sempre seu, você para sempre minha!

E enfim o beijo. Mais que um beijo de encontro, mais que o primeiro entre homem e mulher. Era o beijo que selava, definitivamente, a mais bela, intensa e completa história de amor já escrita, não porque havia algo de mágico ou surreal entre Nadine e Luca, mas por ser enfim, a única e verdadeira história de amor contada por eles e testemunhada por esta escritora em construção.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Caneta, papel e influência


"Que no dia de hoje, possamos escrever coisas boas no livro da nossa vida. A caneta e o papel estão em nossas mãos!!"



Não sabemos como será o nosso dia, quando levantamos da cama. Os problemas podem surgir ao batermos a porta de casa, ou mesmo antes de sairmos de casa. Mas cabe a nós, permitir ou não que os problemas escrevam o nosso dia.Decidi que não vou deixar os problemas escreverem a minha história. Tenho um Deus que abre mar, faz morto voltar a viver, acalma tempestade, etc. O que não poderá fazer pelo meu dia? Nada é impossível para Deus. Sigamos o exemplo de Paulo e Silas que mesmo na prisão louvavam ao Senhor. Com problemas ou não, o meu dia, a minha história, será muito, muito feliz.



*****


Tempo por hábito enviar e-mail desejando bom dia e na maioria das vezes, penso que não irá fazer grande diferença, que apenas um ou outro irá ler, mas quando eu escrevo, realmente estou desejando que o dia seja bom, que a pessoa que estiver lendo, sinta mais do que apenas palavras, sinta o carinho com que escrevi. Hoje, ao enviar o texto acima, eu achei que seria como sempre, quando a maioria nem responde, mas a 'agridoce' da Luciana, respondeu e ainda postou em seu blog (clique aqui pra ver). Quem escreve quer ser lido e fica feliz quando as pessoas se identificam com o que foi escrito. Além disso, amei ser chamada assim, são pouquíssimas pessoas que me chamam desta forma, aliás, começo a pensar que talvez seja a única que irá continuar a chamar, mas isso é assunto para uma outra história.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Historinha para dormir e algo mais

Meu corpo insiste que eu devo ficar na cama e me limitar a descansar, mas como se eu sinto uma vontade enorme de escrever? Esta arte de ir a qualquer lugar, com qualquer pessoa, divagando sobre nada e sobre as mais nobres teorias existenciais, me dominou, me conquistou, na primeira linha que escrevi. E isso já faz tanto tempo, que já não me lembro há quanto tempo virei refém das letras.

Eu sempre soube que gosto mais de ler que escrever. Acredito que lendo apreendo, concordo (ou não), (re)conheço, anoto para nunca mais esquecer e passados cinco minutos já me perdi. Quando escrevo, sou eu, não finjo, não me isento, compartilho o que aprendi, contrario as vontades alheias, (des)agrado, condeno e absolvo, lembro e esqueço no mesmo instante. Talvez quem apareça aqui pela primeira vez encontre uma Ana Lúcia que já não existirá na segunda visita. Às vezes, não tenho tanto para acrescentar, posso apenas desabafar, criar uma maneira pública de não esquecer, ou de esquecer. Na maioria das vezes, eu tenho idéias impublicáveis. Mas fico pensando, pensando, pensando e acabo não dizendo o que realmente estava pensando. Um exemplo? Hoje desejei ser homem, não crente e mal educado. Tudo isso para dizer meia dúzia de palavrões para um velho babão que quase me atropelou no ponto de ônibus. Os mais pudicos poderão dizer que eu errei tanto quanto ele, mas na boa – as favas com os falsos pudores! Eu queria era aquele velho perdendo a dentadura em minhas mãos. Mas, o que aconteceu na verdade foi eu chorar, chorar e chorar (feito uma mulherzinha/bichinha) com um motorista (prestou serviço para empresa que trabalho), que apareceu justamente na hora do meu estresse (às 6h da manhã!!!), que surgiu com uma palavra branda, sensata e pronto para dizer que eu deveria ser superior aquela situação. (afff, ser contrariada era necessário, mas fiquei com raiva de não ter dito para aquele velho, pelo menos, que ele é um trouxa!)

Surpreendentemente isso não me aflige (me expor através das letras, para quem se perdeu). Decidi começar a série “Contando Mulheres”, irei começar pelos contos que já moraram tanto tempo no HD do meu computador, que já está na hora de ganharem nova perspectiva no mundo virtual.

Já está tarde e eu preciso me recuperar deste dia, do velho-babão-mal-educado, e de uma ingrata estomatite associada a uma indesejável gastrite.

Ah, tem mais! Começarei os contos por "Janice".  Não se esqueça de opinar! Ajude a construir esta e tantas outras histórias que ainda moram no meu PsicoHD particular.

"Quem diria que viver ia dar nisso?"

Preciso me recuperar, já! Ultrapassei os limites, não é mais engraçado ou poético!
Dias dolorosos, noites em claro e 1/2 litro de soro na veia...
Receita, exames, remédios e uma gastrite que me consome.
Como diria o poeta "deve haver alguma espécie de sentido ou o que virá depois?"

domingo, 21 de março de 2010

Já pensou se fosse assim?

Dias cinzentos e chatos transformam-se automaticamente em domingos de outono, com sol ameno e brisa na janela;

Amigos que estão distantes (não importa em que parte do mundo) tocam a campainha quando bate a saudade;

Chuvas de verão para os beijos apaixonados daqueles que finalmente se encontram;

Nenhuma criança violada, sem educação de qualidade e muitas tintas para pintar suas mãos nas paredes das ruas (vandalismos nunca mais!);

Amores não correspondidos apenas em filmes e livros. Esta história de ‘Jõao ama Maria, que ama Pedro, que ama Antônia, que ama Carlos, que ama Lúcia ...’ apenas na ficção, onde ninguém sofre, ninguém se magoa;

Nenhuma lágrima ou vida derramada por conta da violência;
Toda e qualquer pessoa doente encontra a sua cura tomando apenas um copo d’água. De graça, simples e acessível para todo mundo;

Os comerciais contendo ‘o Ministério da Saúde adverte:’ seriam sempre com frases do tipo ‘amigos são essenciais para a vida’, ‘família é um patrimônio para a vida toda’, ‘só tenha filhos se puder criá-los com decência e seriedade’ e por aí vai;

Todas as noites de céu estrelado e lua cheia;

Mais nenhuma hora perdida em engarrafamentos;

Ligações entre amigos e amores gratuitas pelo menos uma vez por semana;

Braços que se abrem e se encontram num abraço de perdão;

Somente rabanete, nabo e maxixe engordam. Ninguém engorda comendo pizza ou torta holandesa.

Rir, brincar, ir ao cinema, encontrar os amigos para jogar conversa fora, ter tempo para o amor – coisas tão urgentes quanto encontrar o fim da guerra no Afeganistão;

***

Desculpem os que não gostam de mudança, de fantasia, mas aos que não podem me compreender quero dizer que tem dias, alguns pouquíssimos dias, que a gente cansa da realidade, da noticia triste, do tempo perdido na fila, do amigo que está no hospital, da indiferença com a criança no sinal (ou das coisas que fingimos não ver só para não termos que arregaçar as mangas). Disso tudo só resta dizer que a única verdade que enxergo é que sempre pensamos (pelo menos EU penso) no que poderia ser diferente, mas sem sofrer (pelo menos eu tenho tentado,rs*) e já que existe o pensamento, nada melhor do que tentar transformar o que incomoda, o que dói. Mas na boa, essa é só a minha versão da vida ... quem sabe alguém tem uma melhor.



sexta-feira, 19 de março de 2010

Amor, Contos de fadas e casamento

Amor

Escrevi o “Quimeras de Luisa” quando eu tinha 13 anos e nenhuma idéia do que é o amor. Naquela época eu estava mais para Romeu e Julieta do que Richard Blane e Ilsa Laszlo (#). A verdade é que 13 anos atrás eu imaginava que o amor era algo muito diferente do que eu conheço hoje. Amor era poesia, romantismo, suspiros e a certeza de felicidade eterna. Hoje amor é a certeza de continuar acreditando. É cuidado com o outro, respeito, amizade, companheirismo, aceitação, simplicidade. Ou como eu disse hoje para uma amiga “vejo o amor quando passo mal uma noite inteira e tenho alguém segurando a minha mão, cuidando de mim” enquanto aos 13 anos eu achava que era o “felizes para sempre” (daqui a pouco vou repetir essa expressão).

Conto de fadas

Existe? Só para quem acredita. Ao contrário do amor (que pode acontecer para todo mundo), eu não acredito nos contos de fadas, mas quem acredita, acaba vivendo. Tenho um amigo que jura viver um conto assim desde 2005. Loucura? Ele é feliz, ela também. Vivem um relacionamento sério, de respeito, aceitação e, quem sou eu pra bater nas costas dele e dizer que ele está enganado? (Sou uma monstra pois já fiz isso, rs*) Eu não ouso dizer que o que eles tem é exceção, de repente existem outras pessoas que também  conseguem viver desta forma, mas a verdade é que eu vivo a realidade, e cá pra nós, ela não se parece com um conto de fadas. Não tenho fada madrinha que me proporciona um banho de loja quando estou pra baixo, meus móveis não dançam e muito menos bichinhos invadem minha janela para me acordar. Definitivamente eu não consigo ver a vida em cor de rosa! Meu castelo tem aluguel que vence todo dia 05, conta de luz absurdamente alta e pilhas de roupas para passar.

Casamento

Sábado, 20 de março de 2010. Casamento de Nadja e Daniel. Abaixo o texto que escrevi para os dois (que esta no programa do casamento):

‘E viveram felizes para sempre'.A maioria dos livros infantis nos dá a idéia de que o casamento se resume a esta frase, mas a verdade está bem distante disso. Escolhemos nos casar mesmo sabendo que a pessoa que está ao nosso lado não é nenhum príncipe ou princesa, e o 'felizes para sempre' depende só de nós dois porque a vida real é cheia de dificuldades e barreiras que decidimos encarar juntos!Nos casamos pois sabemos que a vida a dois nos proporciona uma visão da caminhada melhor do que estando sozinhos. Precisamos de testemunhas para nossas vidas, de uma pessoa que enxergue além de nossos defeitos, além de nossas limitações. Precisamos de uma pessoa que desperte em nós o que há de melhor, aquilo que ficou escondido, que ninguém antes conseguiu enxergar. Casamento é saber que nem todos os dias serão os mais fáceis, nem os mais belos, mas ainda assim estaremos de mãos dadas para encarar as tempestades; é entender que os dias se tornam mais leves se temos a companhia de quem amamos, e por isso lutamos para fazê-la feliz!Hoje, no dia do nosso casamento, você que veio celebrar conosco esse dia tão maravilhoso, tenha certeza que não estamos chegando ao altar com a ilusão de sermos perfeitos um para o outro, nem sermos duas metades que se encaixam – não! Enxergamos claramente o que somos: duas pessoas que se amam, compreendem, entendem as limitações e defeitos um do outro e ainda assim escolheram ficar juntos para sempre, sabendo que a felicidade não é o fim, o ‘the end’’ e sim o caminho que escolhemos até que ele venha!


Apesar do texto ser para o casamento deles, ele é exatamente o que penso e acredito. Então quando ler algum post do “Quimeras de Luisa”, leve em consideração que eu tinha apenas 13 e nenhuma experiência de vida, e principalmente no amor!                                                                                                         


# Personagens protagonistas de Casablanca (1942). Filme que, em minha opinião, retrata o amor abnegado de um homem por uma mulher (e o meu favorito!). 

Bem vinda, nova idade!

Nossos caminhos se cruzaram por um motivo que eu ainda desconheço, assim como o motivo que fez com você me notasse em meio a tantos rostos parecidos.
As conversas fluíam naturalmente, o tempo passava e a vida seguia. Em meio a esta jornada, muitas pessoas fizeram parte dela. Com alguma delas vieram as mentiras, desculpas, brigas e afastamento. Mas qual afastamento, se sequer nos víamos? Mesmo distantes fisicamente éramos a companhia predileta no fim de um dia cansativo. Nem sempre os ouvidos estavam dispostos (ou a disposição), mas adorava ouvir sua voz me chamando de “menina”.
            Tanto tempo se passou desde o primeiro olhar, tantas mudanças, aprendizados, perda, conquistas que, ao olhar para trás fica a certeza que nada, jamais, será igual ao que (não) existiu entre nós – admiração, afeto, desejo, respeito, amizade, cuidado, fantasia, carinho...
Sabe, querendo ou não, fazemos parte da vida um do outro; talvez por sermos tão parecidos (e por isso tantas brigas e sempre pelo mesmo motivo) ou porque de repente, não saberíamos viver sem a admiração que nos aproxima, nos atrai.
A verdade é que mesmo depois de tanto tempo, e de nos enxergar como realmente somos, o olhar continua o mesmo e, por isso Sr. N., eu precisava dar boas vindas a sua nova idade e dizer que o tempo pode continuar passando desta forma, pois mesmo sério e dedicado aos números, ele foi gentil com você!
 Parabéns!


quinta-feira, 18 de março de 2010

Feliz Aniversário (3)

Parabéns para uma das mulheres mais doces que eu conheço!

Liz, pastora, amiga querida, atenciosa, linda, elegante, meiga, de conversa tão agradável ....
Eu não tenho como expressar meu carinho, minha admiração por você!
Obrigada pelas palavras sempre acertivas, pela companhia constante no msn,
pelo incentivo e bom humor de sempre!
Que o dia de hoje seja de tantas alegrias, tantas, que elas durem até o próximo 18 de março!

Ah! Josi, minha líder querida!
Mesmo antes de fazer parte da ADEP, você já fazia parte da minha vida!
Obrigada pelas gargalhadas de sempre, a troca de ideias (mesmo que não concorde com nada do
que eu digo, você me escuta!), as tentativas de me fazer cantar (rs*), a insistencia em me fazer uma
pessoa melhor, enfim, obrigada por tudo que você representa ...
Te amo!!!

Que Deus abençoe estas mulheres tão fantásticas eespeciais!!

quarta-feira, 17 de março de 2010

Maria ... (ou como me tornei personagem de novela mexicana)

Começou bem o dia? Percebeu que presente você recebeu hoje?

Um lindo dia de chuva! Isso mesmo, lindo mesmo com chuva! Não ouse reclamar! Eu perdi a hora, perdi um dos ônibus (graças a Deus não foi o da empresa, ufa!), quase levei um tombo antes do café da manhã (novidade,rs*) e ainda assim me recuso a reclamar ... O dia está liiinnddooo !!

‘Santo Deus, que exagero!’ Você deve pensar. Mas, eu sou exagerada! Exagerada e dramática! Quando sofro, sofro muito, até esgotar minha cota de lágrimas e compor pelo menos, 10 músicas no estilo ‘fossa’ (brincadeirinha). E com a felicidade também sou assim. Quero os momentos felizes compartilhados com quem está a minha volta, mostrar para quem quiser (e não quiser também) a minha alegria. Não aceito felicidade egoísta (existe!) – "se eu estou bem, estou feliz, não estou nem aí para os outros." 
Na verdade, eu não sou apenas exagerada. Sou intensa, nunca uma leve brisa, sempre um furacão. Nunca despercebida (e tem como não ser? Barulhenta, vivo tropeçando, caindo, derrubando, quebrando, esbarrando...). Levo a sério o que faço, mas faço mostrando quem eu sou. Não adianta tentar me mascarar, impedir de mostrar meu sorriso, minha voz ou mesmo as minhas lágrimas. Não escondi o choro nem numa entrevista de emprego (ai que mico, Giselle!) e nem por isso me torno ‘mulherzinha’ demais. Aliás, demais é coisa que eu não sou! Nem quero ser! Tudo é que é demais enjoa, faz mal, irrita, preocupa. Eu quero ser na medida! A medida exata para cada pessoa, para cada um que passar pela minha vida.

Ah! E quanto ao título do post, sou uma Maria! Maria de novela mexicana, puro exagero .... mas sou Maria sem direito a final feliz porque eu não quero só o final, eu quero o caminho inteiro!

Tudo Certo

"Sei, eu sei que vejo mais do que eu deveria

Mas é que eu sou mesmo assim
Sinto, eu sinto tanto a sua falta todo dia
Volta e traz você pra mim
Quem mandou você passar pelo meu caminho
Quantas vezes eu vou ter que repetir
Quantas vezes ?


Você me faz bem
Quando chega perto
Com esse seu sorriso aberto

Muda o meu olhar
Meu jeito de falar
Junto de você fica tudo bem
Fica tudo certo..."






quinta-feira, 11 de março de 2010

Lembranças de uma declaração de amor

Meu Universo é Você by Roupa Nova on Grooveshark
Luisa não consegue lembrar deste amor, nem mesmo de tanta felicidade, mas soube ao encontrar a carta já amarelada, que não foi apenas amada, foi desejada por toda uma vida.

Minha doce Luisa, 

Será possível rasgar os contratos, os termos, o tempo perdido e voltar atrás só pra dizer que te amo? Ainda posso fazer deste amor a nossa segunda chance para felicidade! Os desencontros que tivemos não podem ser maiores do que o amor que podemos viver. Eu serei para sempre teu e você, para sempre minha. Não irei jurar pela lua ou pelos céus, pois qualquer juramento poderia ser infiel ao meu amor, mas daria minha vida pelo teu sorriso nas manhãs de sábado, pelo teu carinho numa
noite fria. Deixaria todos para trás, todas as minhas histórias, livros, fotos para começar ao teu lado a minha vida de verdade. É com você que quero envelhecer, ver o tempo passar e não me arrepender das escolhas que fiz. É você a mulher que escolhi para ser a testemunha da minha vida. É você a única que quero fazer feliz, que vou desejar todos os dias, que sentirei saudades quando estiver longe e acariciar quando mais perto chegar. É para você que irei cantar quando perder o sono, que irei falar minhas tolices, dividir meus números favoritos e levar para ver o por- do -sol. Os livros irão falar sobre nosso amor, as canções serão feitas por nossos sorrisos. Perderemos o fôlego juntos, dançaremos na rua, deixaremos bilhetes no espelho, compraremos flores para enfeitar nossa casa. Farei você sorrir tanto quanto você me tirará do sério. Eu quero amá-la hoje e até o infinito. E não importa se tanto tempo já se passou, o que iremos viver será maior e mais completo que o tempo perdido, por isso eu te peço: nos dê a chance de viver esta felicidade tão sonhada.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Pelo dia das mulheres

Homens ... humpf!

Sempre ouço de alguma mulher a expressão acima seguida de um suspiro longo. Como se fosse um apito na mão de um guarda de trânsito, esta frase sinaliza algo que merece atenção. Nós, mulheres, por conta de toda a revolução feminina que aconteceu um dia, adquirimos o hábito de independência total. Mas será que somos realmente donas de nós mesmas? Será que toda a nossa independência nos fez o bem que pensávamos? O preço que estamos pagando vale toda a ‘liberdade’ que buscamos?

Já ouvi que os homens são todos iguais, entediantes, dispensáveis, mas as mulheres estão realmente com essa bola toda? Será que as presidentes da Argentina, Cristina Kirchner, e a do Chile, Michelle Bachelet, conseguem ter seus momentos de fraqueza sem que sejam julgadas? Se nós, meras mortais assalariadas, não conseguimos tê-los sem que alguém (na maioria das vezes homem) venha dizer que é “TPM”, imaginem elas que são presidentes de nações!

No afã de ser “mais macho que muito homem”, tem muita mulher metendo os pés pelas mãos. Não admitem suas fraquezas, necessidades, preferem bater no peito e bradar que não precisam de homens para nada (exceto para reproduzir, mas até neste momento elas decidem a hora certa). Tenho visto inúmeras mulheres bem sucedidas em seus empregos e igualmente solitárias.

Eu não acho que o movimento feminista foi um grande erro. Não! Se eu hoje posso trabalhar fora, expressar minhas opiniões sem pedir licença ao marido e dizer que detesto serviços domésticos, foi graças a este movimento. O que eu aprendi (muito recentemente) é que estamos deixando de ser femininas, delicadas, “mulherzinhas”. Dosamos os cuidados, o afeto, a fragilidade e mostramos que somos fortes, alertas, quase ‘homens’ de salto. Quantas vezes me vi assumindo o papel de um general dando ordens, falando alto, quando na realidade eu odiaria ter que conviver com um homem assim! “Digo que sou forte, mas quero que abra a porta do carro. Digo que sou independente, mas adoro quando me oferece ajuda na cozinha.” E assim são todas as mulheres! Querem mostrar que PODEM SIM ser competentes, bem sucedidas, trabalhadoras, mas também querem a gentileza dos tempos de outrora.

Descobri que não tenho que vestir uma armadura, não existe guerra entre os sexos. O homem não tem que ser meu inimigo. Mostrando fragilidade e meiguice eu não sou menos capaz de executar alguma tarefa complexa. O que eu preciso (e muitas mulheres também) é perder o medo de mostrar ternura, serenidade. Não estou contra ninguém. Não estou a favor apenas de mim. Ficar isolada no girlpower não é bom ... Bom é ter quem faça carinho, carregue as minhas bolsas mesmo sabendo que eu sou perfeitamente capaz, apenas para deixar livres as minhas mãos para um carinho, que troque uma lâmpada (ainda que eu já saiba como fazer, e até mais rápido) envie flores para o trabalho, porque afinal de contas eu sou “mulherzinha”.

Parabéns pelo nosso dia! Sejamos mais mulheres do que nunca!!


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Em tempo: Me senti muito paparicada pela empresa.... adorei os presentes, as surpresas, o carinho!
Amiguinhos que hoje me trataram ainda melhor, muito obrigada!!!
Obs.: Léo, sua percepção é incrível!! (Você é 10!!)
André, obrigada pelo toque, a segunda-feira não estava só na voz, também no espiríto (Santo Deus, rs rs) eu estava mesmo apagadinha!
Marquinhos, eu não tenho palavras para agradecer pela sua cumplicidade e ajuda! (Cada dia mais sua fã!)

Feliz Aniversário (2)


Muito atencioso, carinhoso, dedicado, divertido, companheiro - melhor amigo ...
Um botafoguense incorrigível, sempre acredita no time e no ser humano ...
Determinado, inteligente, amoroso, responsável e irmão!
Meu irmão-filho-amigo, aquele que me incentiva, me apoia, me protege!
Brigas? Muitas! Abraços? Todos os que pudermos dar!
Amor? Também! Amizade, admiração, respeito, cumplicidade nunca faltaram!
Enfim, me derreto por inteiro, e se ontem (dia do aniversário) eu não passei por aqui pra deixar
registrado todo o meu amor e carinho, foi porque preferi passar algumas horas
ao seu lado!
Parabéns, meu amor! Te amo, Daniel!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Sobre a imprevisibilidade da vida



Ao som de The Climb, Miley Cyrus

 “Não sei... Se a vida é curta ou longa demais pra nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas. [...] E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura... Enquanto durar.”
Cora Coralina

Se eu tivesse que terminar este post aqui, tenho certeza que teria transmitido algo de positivo, mas fiquei pensando que não são apenas estas palavras, mas tudo o que elas podem representar que me importa.
Hoje, diante de um e-mail que recebi, fiquei pensando em como as nossas palavras chegam até as pessoas. Como um “bom dia” (e nada mais) faz diferença para alguém [e como o não dizer nada também pode dizer muita coisa!].

Será que olhamos nos olhos dos outros enquanto falamos? Estamos dedicando cinco minutos do nosso tempo, para ouvir aquela pessoa que está se sentindo sozinha? O que realmente estamos fazendo para cultivar/preservar as nossas relações?

Tenho notado ao longo dos anos que a sociedade nos impulsiona a limitar nossas amizades ao “networking”. Não existe a preocupação em fortalecer laços, e sim manter relacionamentos corriqueiros, exclusivamente com interesses profissionais. “Vou sair para almoçar com fulano, pois sei que ele é influente com o diretor da empresa e pode acelerar minha promoção.” Ou então “não simpatizo com a beltraninha, mas ela conhece alguém que pode me arrumar um emprego na Tal S/A.”

E as amizades verdadeiras? O interesse apenas no bem-estar, será que ainda existe? A cada ano que passa a expectativa de vida aumenta um pouco mais, porém, estamos vivendo cada vez mais solitários. As histórias de vida não chegam a ser histórias, são no máximo um comercial de 30 segundos (sem graça, e que passa na TV de madrugada). Não nos dedicamos em conhecer e ser conhecidos. Preferimos enxergar a função no crachá ao valor que existe em cada indivíduo.

Outro dia estava conversando sobre a imprevisibilidade da vida. Se de repente eu partir, as pessoas a minha volta saberão o quanto elas foram importantes para mim? Bem, trato diariamente para que saibam. E não digo apenas “o pacote família”, me refiro a TODAS Não importa se estou diariamente ou não com a pessoa; se trabalho com ela há três meses ou há três anos; simplesmente não me importam as convenções, todos aqueles a quem devoto (ou devotei) carinho, faço questão que saibam que são especiais para mim! Nem que seja através do meu e-mail de “bom dia”, de um telefonema, de uma bronca, ou da forma que eu encontrar para demonstrar afeto! Faço questão de tocar o coração das pessoas, porque longa ou curta, a vida vai durar enquanto eu respirar!

Sobre influência e relevância

Ao som de King of my heart , Bethel Music. Quando me propus a trabalhar novamente com comunicação sabia que estava retornando para uma área ...