terça-feira, 29 de março de 2011

Outono, outonando

Relacionamento - Definição: substantivo masculino 1. Ato ou efeito de relacionar (-se); 2.Capacidade, em maior ou menor grau, de relacionar-se, conviver ou comunicar-se com os seus semelhantes; 3.Ligação de amizade, afetiva, profissional, etc., condicionada por uma série de atitudes recíprocas; relação.



O outono começou dias atrás e parece ter influenciado muito mais que no clima e as árvores, influenciou entendimentos, decisões e relacionamentos.

Não sou antropóloga, nem mesmo me julgo profunda conhecedora do ser humano, apenas vivo e sei da minha capacidade em observar quem está a minha volta. E de tanto viver, observar e teorizar, aprendi muitas coisas, entre elas, que o novo sempre chega. A folha cai da árvore com a chegada do outono simbolizando que logo ali na frente, daqui um pouco mais de tempo, a renovação chegará, não sem dor, já que o inverno causa sim certo sofrimento, mas a primavera renova e traz consigo as mais belas flores, os perfumes mais suaves, as noites mais singelas.

Relacionamentos precisam ser recíprocos, precisam ou não serão relacionamentos. O problema é que a gente se acostuma a viver unilateralmente com as nossas dores, emoções, expectativas e ilusões. Por um ponto final em situações assim gera desconforto, dor, angustia, mas é necessário. É uma etapa para o amadurecimento, é outonar. E outonar em nossas vidas deveria ser tão natural quanto é para as árvores, hora de abrir mão de coisas que aparentemente estão belas, mas começam a dar sinais de que estão morrendo. Desfolhar. Deixar ir, romper. Romper pode ser dolorido. Pode ou não, principalmente porque romper significa assumir o controle, dizer “não quero mais e agora tenho que encarar a conseqüência disso”. SE doer, será por um tempo, o inverno nem sempre é fácil e nem tão rigoroso quanto a gente imagina, mas é só mais um ciclo, uma estação até que a primavera chegue e venha alindar nossa vida.


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Ao som de Roupa Nova - Começo, Meio e Fim

Só 10 ?

A Waldívia me indicou para participar de um meme dizendo 10 coisas que amo (só?) e o motivo de tanto amor, depois terei de indicar para 10 blogs que deverão fazer o mesmo.

  1. Amo ao Senhor, meu criador, meu Pai. Não sei como descrever tudo o que representa, mas sei que por toda eternidade quero tê-lo junto a mim, norteando meus passos e decisões.
  2. Amo minha família por todo o apoio e amor que temos uns com os outros. Temos defeitos e problemas como todas as famílias, mas não abro mão do que somos juntos.
  3. Amo o “benhê”. Vejo nosso amor sendo renovado por nossas decisões. Nos distanciamos mas depois de um tempo percebemos que somos melhores juntos, somos mais fortes que as dificuldades que atravessamos.
  4. Amo meu trabalho. Simples assim, sem muito mais a dizer além de tudo o que já disse aqui várias vezes. 
  5. Amo meus amigos. Família que Deus me permitiu escolher. Agradeço ao Senhor pelo valor que cada um tem em minha vida.
  6. Amo escrever. Tanto quanto ler, escrever me aproxima das pessoas, me impulsiona a ser melhor, a fazer a diferença na vida de alguém.
  7. Amo música. Precisa explicar?
  8. Amo viajar. Conhecer lugares, pessoas, adquirir conhecimento, aprender sobre culturas diferentes.
  9. Amo cachorro porque cachorro é tudo de bom.
  10. Amo gente bem humorada, porque bom humor é fundamental.
Parte mais difícil, indicações:

  1. Blog da Danielle Santos http://www.danielleosantos.blogspot.com/
  2. Blog da Michelle http://www.michadescontrolada.blogspot.com/
  3. Blog da Fernanda http://www.casamentoferegusta.blogspot.com/
  4. Blog da Raquel http://www.raquelteixeiraazeredo.blogspot.com/
  5. Blog da Carol http://www.acasadacarol.blogspot.com/
  6. Blog da Gabi  http://www.gabipuppe.blogspot.com/
  7. Blog da Nina http://www.cantinhodaninaebel.blogspot.com/
  8.  Blog da Ana http://www.annakellys.blogspot.com/
  9.  Blog da Pra. Wal http://www.pspparajesus.zip.net/
  10. Blog da Ana Kroetz http://www.anakroetz.blogspot.com/

domingo, 27 de março de 2011

Sobre diferença de idade, hombridade e "pegada"

Tempos atrás trabalhei com uma menina, que hoje tem 22 anos e está com o pé no altar, vivendo o que pode ser a realização de um lindo sonho. Poderia ser mais fácil, se o noivo não fosse 20 anos mais velho. Preconceito? Sim, mas não de minha parte (já disse aqui que sou admiradora incondicional dos homens mais velhos). A família dela não aceita este relacionamento, dizem que ela é o “capim novo que dá alegria pra burro velho” (hahaha). Quando ela me ligou para desabafar e contar o que estava acontecendo, fiquei pensando, não na atitude da família dela, pois até entendo a preocupação deles haja vista a quantidade de mentirosos perambulando pelo mundo, mas parei pra admirar a decisão dele.
Vivemos tempos em que os homens não tem atitude, coragem, acham que a "pegada" tem que ser firme, mas esqucem que a mais firme de todas as pegadas é ser verdadeiro. Escondem-se atrás de mentiras, desculpas, silêncios. Não conseguem dizer o que sentem ou não. FATO. Conheço um homem que já admitiu sua covardia diante da mulher que disse amar. Falou que a vida dele era complicada demais e que teve medo de colocá-la na vida que estava levando. Peraê, para tudo que quero entender isso! Quem tem que decidir se quer ou não encarar as complicações alheias, é a pessoa. ELA deveria avaliar se valeria a pena ou não levar a diante o que estavam começando. Só que ele não teve a decência de conversar e dizer isso preferiu sumir, não ligar nem atender os telefonemas, ignorar mensagens e e-mails. Daí eu pergunto, cadê a hombridade? Fez as malas e foi dançar a ula-ula no Hawaí, só pode. O cara em questão é 15 anos mais velho que a mulher. A diferença de idade não quer dizer que ele é mais maduro, não mesmo, porque maturidade, definitivamente tem mais a ver com decisões tomadas do que idade e, experiência só adquire quem amadurece. Tempos atrás eu ouvi uma frase (desconheço autoria) que dizia “experiência não é o que acontece com um homem; é o que um homem faz com o que lhe acontece” e hoje eu tenho certeza de que se trata de uma sentença verdadeira.
O noivo em questão foi o que no nordeste chamariam de ‘sujeito-homem’. Ele sabe o que quer, quem quer e assumiu isso. Eles já tinham se relacionado antes, mas era “pegação”(ele tinha uma situação a resolver com outra mulher) e deixou isso muito claro para que não criasse nenhuma expectativa além daquele momento. Não prometeu voltar e ficarem juntos para sempre, mas aconteceu. O que eu defendo (ferrenhamente) é que ninguém diga o que não sente, que não prometa se não irá cumprir, nem faça alguém se apaixonar se não vai corresponder. Detesto o personagem do Lázaro Ramos em Insensato Coração, mas o cara pelo menos diz a que veio, não engana ninguém.
Quanto ao romance entre Glauco e a Lurdinha¹ da vida real, vai bem obrigada e esta semana fui convidada para ser madrinha do casamento deles. Estou adorando ser testemunha disso tudo, vejo uma mulher tem tanta segurança no homem que está ao lado dela, que é capaz de enfrentar preconceitos, problemas familiares e até uma mudança para outro estado (depois que se casarem irão morar no MS). Aos noivos desejo muita felicidade e sabedoria para não se perderem pelo caminho; aos homens, de maneira geral, espero que aprendam a não ter medo de decidir e que tenham coragem em dizer sim ou não sem mentiras, porque esta história de melhor um covarde vivo... hoje em dia não serve mais!
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Glauco (Edson Celulari) e Lurdinha (Cléo Pires) formaram, na novela América, um casal com grande diferença de idade.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Deixei de acreditar nas pessoas


Ao som de O mundoé um moinho, Beth Carvalho

E eu que sempre acreditei no ser humano, ando tão enojada dele. Tão cansada dos rótulos, das expectativas, das relações. É um exercício diário, mas que envolve muito mais que determinação e paciência, exige que o outro também queira criar vínculos. Nos tornamos eremitas sentimentais, vivendo sem laços, sem emoções. Dividimos espaços e horários, mas não compartilhamos a vida. Cansei!
Acredito nas relações estabelecidas por amor e com confiança. Abomino as relações covardes, interesseiras e vazias. Estou cansada dos meteoros que surgem em minha vida. Amizades meteóricas, efusivas demais, pessoas que amam demais, que são demais em tudo. O equilíbrio precisa ser valorizado. Amizades (e amores, por que não falar deles também?) são construídas com o tempo, exigindo dedicação dos dois. Encontramos desculpa em nossas vidas corridas para não dedicar atenção necessária aos nossos relacionamentos.
Amizade é via de mão dupla e para que sobreviva ao mundo cão, é preciso que todos os envolvidos queiram mantê-la. Seja pessoalmente ou escolhendo uma das 50 maneiras diferentes de se “conectar” a alguém. Se a pessoa não encontra nenhuma que lhe agrade, é porque ela realmente não quer manter contato.
Tenho um amigo de infância que mora em outro estado e mantemos contato até hoje. Amigos que estão em minha vida há muitos anos, mais de 10 anos. Por quê? Porque nos dedicamos em manter vínculos, nem que seja através de um SMS. Aproveitei um tempo que tive outro dia para visitar uma amiga que está grávida. Final de tarde e fui lá bater papo. Minha madrinha encontra sempre um jeito de se manter presente, seja através das redes sociais ou um almoço inesperado no meio da semana. Pessoas que não vejo há séculos, mas são tão presentes que às vezes esqueço que moram em outro país. Continuo acreditando em relações assim, em relações que tempo e distancia não separam, não determinam limites ou impedimentos. Cansei dos humanos que não se dedicam a conhecer e aprofundar conhecimento sobre o outro, que dividem a mesa do café, mas não sabem a cor dos olhos de quem sentou a sua frente. Cansei do ser humano que não aceita crítica, que não perdoa nem sente compaixão. Cansei daquele tipo de gente que não sabe criar laços e também não está interessado em aprender. Conviver com pessoas assim é inevitável, mas ser atingida por elas, ah, isso não mais!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Paixão a 1ª vista

Sabe aquela pessoa que é super simpática com desconhecidos? Que sorri pra quem entra no ônibus, cede o lugar para que você possa sentar, puxa assunto e dá até tchauzinho quando chega seu ponto? Pois é, o Ícaro é assim. Também é inteligente, cheio de charme e com o sorriso mais lindo que se possa imaginar ... Me abraçou como se não quisesse me largar nunca mais e fez uma brincadeira com meu cordão e o pingente em formato de coração.
Me apaixonei nos 25 minutos da viagem e agora estou aqui, tentando eternizar este momento através da escrita. Louca? Não! Duvido que você, caro leitor amigo, também não se apaixonaria por aquele rapazinho de 2 anos que adorou meu colo (mal me sentei no lugar que ele "cedeu" e se jogou no meu colo, sem a menor cerimonia, pra desespero da mãe que ruborizou na hora, rs*) e queria brincar com meus óculos! Troquei ideias com a mãe dele, que se surpreendeu com a interação do filho comigo, já que normalmente estaria dormindo. Oh! Ela não sabe que eu sou a ''tia bagunça", rs*. Posso afirmar que o fim do meu dia foi salvo pelo lindo e sincero sorriso de uma criança!

Voltando aos poucos

Voltei hoje ao trabalho, o que acho maravilhoso, pois é muito bom ficar em casa quando se quer ficar em casa, ficar em casa porque um médico disse que tem, não é legal. Também não é legal ele dizer que você precisa
mudar certos hábitos e aproveita para fazer "terrorzinho" com isso. Ok, tenho um alarme agora no PC do trabalho que me convida a cada hora, a alongar, esticar, estalar (consequencia natural dos meus movimentos) e isso já é terror suficiente.

Por enquanto é só, mas eu volto pois tenho muitas coisas pra compartilhar! Vou 'ali' sofrer com 30 min. de gelo e volto pra contar que me apaixonei outra vez....

sábado, 19 de março de 2011

Plantão

Só pra contar que o tratamento com medicamentos, gelo e distancia do computador ainda demora a acabar, mas tô morrendo de saudades desse cantinho (e de toda a minha vida quase normal). Até o final do mês eu tô de volta!

Ps: Mandem para o e-mail escritoraemconstrucao@bol.com.br, por favor, o endereço de quem disse que Amélia é que era mulher de verdade! Assim que tiver força no punho, acerto ele.

Ps2: Este post não está sendo digitado pela dona do blog, e sim DITADO por ela. (Pequena observação da digitadora: chaaattaaaa!!)

Com a colaboração da Larissa, esse foi um plantão "Escritora em construção", tsc tsc tsc.

quinta-feira, 17 de março de 2011

domingo, 13 de março de 2011

Será que é tarde pra falar de amor?

Era para estar estudando, me dedicando a ler os livros da semana, mas quem disse que eu consigo? Sentada na cozinha, ao som de Corinne Bailey Rae (Like a star, música perfeita pra aliviar as tensões de um fim de semana estressante) eu estou divagando sobre milhares de assuntos que poderiam ser consumidos em outro momento. Mas pensamento é coisa que não se domina, ainda mais quando são pensamentos de amor.
Tenho três amigos que estão de casamento marcado para os próximos meses. Acho um máximo, pois acredito no tal do amor e que o casamento não é uma instituição falida. Casamento é ápice da vida adulta. É quando você percebe que o coração faz mais que bombear sangue e bate mais forte quando está perto da pessoa amada. É quando finalmente entende que respiração, calor do corpo, e perfume formam um tripé que pode (e deve) tirar sua concentração, te fazer flutuar, encontrar um rumo pro coração (piegas e rimando... eu já fui melhor, rs).
Agora diga pra mim, fala assim, devagar, olhos nos olhos, que só de pensar naquela pessoa (eu digo A-Q-U-E-L-A,sabe? Aquela que mexe com todos os seus sentidos) que só de imaginar (ou lembrar) a distancia de dois centímetros do seu nariz, você tem vontade de dizer: é você, só você e ninguém mais que eu quero para minha vida”. Alguns não conseguem dizer “eu te amo”, e entendo que seja porque hoje é mais fácil ouvir um 'euteamo' do que bom dia (acreditem, eu sei do que estou falando), então tem gente que guarda o eu te amo pra depois do casamento. (Como assim? Ninguém casa virgem, mas casa sem dizer eu te amo? Aff... no meu tempo as coisas eram diferentes, já dizia minha avó).
Tive medo de casar, mas não tive medo de ficar perto, de envelhecer e passar a vida inteira perto de alguém. Perto a ponto de ouvir o silencio quando brigávamos por nada, perto suficiente para ver um abismo ali do lado e a solução tão distante quanto à Irlanda está do Rio de Janeiro. Cheguei a enxergar o medo andando de mãos dadas com o amor, e a paixão saindo pela janela, deixando lugar para loucura. Mas são em momentos assim que você precisa realmente ver do que é feito (ou feita), descobre que a vida a dois às vezes dói feito bala perdida que acha o peito, e o único guarda-costas possível é tal do amor, aquele que você tentou não admitir sentir antes de assinar o contrato e ouvir “eu vos declaro casados”, mas é ele quem te ajuda a ficar vivo e seguir com a vida, recomeçando diariamente, reescrevendo a própria história.
Acredito em casamentos por e COM amor. Amor é decisão, e por mais vagabundo que o coração seja em alguns momentos, chega a hora que ele cresce, amadurece e encontra um lugar pra sossegar. Na verdade eu chego a pensar que a vida adulta só começa depois do casamento, depois que o quilo de sal passa a ser compartilhado. Não dá para imaginar que casamentos forçados por convenções (sim, eles ainda acontecem...), por interesses (se bem que fica mais agradável amar um jogador de futebol com casa nos cinco continentes, hahaha, brincadeira) consigam durar, consigam resistir ausência do amor.
Aos casais que estão a caminho do altar (amigos ou desconhecidos) eu desejo que conquistem a sabedoria de Artur da Távola ao escrever: É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão. E que amar, 'solamente', não basta. Entre homens e mulheres que acham que o amor é só poesia, falta discernimento, pé no chão, racionalidade. Tem que saber que o amor pode ser bom e pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado. O amor é grande, mas não é dois. É preciso convocar uma turma de sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência. O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.”

sexta-feira, 11 de março de 2011

Que eu nunca desista de ser mulher...

Texto de autoria da Magali Moraes (como escreve bem esta mulher!!) e achei ótimo pra encerrar a semana da mulher!
"Senhor, me ajude a nunca desistir de ser mulher.
Coloque um espelho no meio do meu caminho entre a lavanderia, o supermercado, o sapateiro, o colégio e a locadora. E que, ao me olhar, eu goste do que veja.
Não deixe que eu passe uma semana sem usar um batom bem vermelho, uma bota bem alta ou um jeans bem justo.
Proteja meus cachos do vento e os brincos e anéis dos olhares invejosos.
Nunca deixe faltar na minha vida comédias românticas e boas depiladoras.
Deixe que eu fecho os registros e as janelas. Mas, por favor, abra algumas portas. Nem que seja a do carro.
Se eu estiver com vontade de chorar, faça com que eu chore um dilúvio. E que tenha saído de casa sem pintar o olho.
Para cada dia de TPM, me dê uma vitrine com sapatos lindos.
Já que eu nunca pedi milagres, faça com que minhas celulites sejam ao menos discretinhas.
Me dê saúde, tempo livre, silêncio. E que nunca falte O.B. na minha bolsa.
Nos engarrafamentos, faça com que eu ligue o rádio e esteja tocando minha música preferida. E que eu lembre da letra para cantar.
Dê forças para eu insistir que meus filhos comam salada, digam por favor e obrigada, limpem a boca no guardanapo, façam as pazes e puxem a descarga.
Cegue meus olhos para as sujeiras nos cantos e os brinquedos no meio da sala – eles vão estar sempre lá, isso eu já vi.
Ajude para que eu chegue do trabalho e ainda consiga brincar, ver desenho, contar história, fazer cosquinha, pintar dentro da linha preta. Ou fazer só uma dessas coisas. E se eu não tiver a menor condição de me manter em pé, faça com que meu filho chegue dormindo da escola.
Em dias difíceis, dê coragem e persistência para eu seguir na dieta.
Faça com que eu não esqueça de ligar para os meus pais e meus amigos.
Dê firmeza para os seios e para a hora do castigo.
Ajude para que o meu trabalho não seja bom somente no dia do pagamento.
Proteja minhas poucas horas de sono e não me julgue mal caso eu não acorde no meio da noite para cobrir meus filhos.
Não deixe que a minha testa fique tão franzida a ponto de parecer uma saia plissada. E eu, uma louca estressada.
Faça com que o sol seja meu personal trainer, meu complexo de vitaminas, meu carregador de bateria – mas quando eu pedir um diazinho de chuva, não pergunte por quê.
Para cada batata quente no trabalho, me dê um café recém-passado.
Entenda quando eu rezo para cancelarem uma reunião – não é gastar reza à toa, pode ter certeza.
No meio de tudo isso, faça com que eu ache tempo para virar namorada de novo, ir no cinema, jantar fora, beijar na boca, dormir abraçadinha.
Ilumine o espelho do banheiro e proteja minhas pinças, meus cremes e segredos.
Ajude a não faltar gasolina, não furar o pneu, não arranhar a calota. Afaste os motoqueiros do meu retrovisor.
Proteja meu sorriso, meu humor, meu intestino.
Senhor, por pior que seja o meu dia, faça com que ele termine, e não eu."

Releitura

Atenção sábios e filósofos cibernéticos de plantão, a Rosinei (sempre sábia e sóbria a minha amiga, né?) fez uma 'releitura' de um provérbio chinês: "Há três  quatro coisas que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada, a oportunidade perdida, e o e-mail enviado.” Dependendo da situação, com o e-mail enviado você perde muito mais que uma oportunidade, você perde A oportunidade (percebe a sutileza?)

quinta-feira, 10 de março de 2011

Minha geografia é diferente da sua...

Adoro chuva, sempre gostei. Não pareço nenhum pouco carioca, mas e daí? Sou uma mulher com a geografia do mundo. Os pés estão no Rio, o coração em Minas, vontades na Itália, planos em Curitiba e o pensamento em Londres. Sim, jamais desisti de morar uma temporada por lá. Será que é por gostar tanto assim da chuva? Quando eu era criança gostava de ficar olhando pela janela, com certa melancolia no olhar, observava a chuva caindo no pé de Jamelão que tinha na janela lateral da minha casa. Meu pensamento ia longe, se perdia, depois voltava para mim...

Sempre aproveitei a chuva para refletir, naquela época tinha outro nome, era sonhar acordada. E eu faço isso até hoje... fico sonhando acordada com os pingos na janela e os planos rascunhados; sonhos hermeticamente fechados em potinhos tuperware; vontades que ficaram pelo caminho, coisas do tipo. “Todo mundo tem pedaços soltos”, já ouvi alguém falando e concordo. Fico pensando em tudo que já quis um dia, nas coisas que deixei pelo caminho, nas vontades que mudaram, no que deu certo, no que não deu e a saudade que ficou no lugar, mas o que não muda, e entendo que não vai mudar jamais, é essa relação de bossa com a chuva.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Coisas que preciso aprender com urgência ...

(mas não sei dizer qual a ordem de prioridade.)

Dirigir; fazer pão de queijo; ser menos (sim, menos um monte de coisas); falar italiano, espanhol, inglês, francês e dominar o português; esquecer o que me faz sofrer; não quebrar objetos de vidro toda vez que for lavá-los.

E aí, onde aprendo?
"Tudo passa. Na vida, tudo passa. Mas nem tudo que passa, a gente esquece"
Chico Pedrosa

Sobre inspiração

“Não devemos tocar numa ferida se não temos como curá-la.”
Ernest Hello
Me perguntaram outro dia se ando sem inspiração para escrever. Não, a inspiração está sempre flertando comigo (até trocamos algumas ideias)... A questão é que ando tentando administrar alguns pensamentos, nem todos são publicáveis, nem todos são saudáveis e principalmente: a maior parte deles ainda não tem cura!

domingo, 6 de março de 2011

Sobre virar a mesa

Em algumas ocasiões na vida nos sentimos forçados a tomar “a grande decisão”, partir para o “agora ou nunca”. É como torcer pelo Vasco e jogar no Flamengo, na final do campeonato, cara a cara com o gol, só o goleiro e você... Precisa decidir se a emoção ou razão irá determinar seu próximo passo. Numa fração de segundos tudo pode mudar. Cada milésimo de segundo a pressão aumenta mais e mais... Assim é a vida real diante de certas situações, estamos cobrando um pênalti, às vezes contra nosso próprio coração, mas o que fazer? Precisamos encarar essas situações, jamais permitir que a falta de coragem nos paralise. Muitas pessoas por medo de mudar, de encarar novas perspectivas simplesmente congelam, se acomodam e jamais conhecerão a delícia de um novo caminho.
“Não deixar o certo pelo incerto” pode parecer sensato, estável, teoricamente confortável, mas certas mudanças trazem o alívio de uma realização ou a grandeza de um aprendizado continuado. É claro que toda decisão deve ser pensada e repensada, algumas pesadas na balança do bom senso, mas nem mesmo por isso devemos abrir mão de correr certos riscos. Alguns momentos deliciosos de nossas vidas são exatamente aqueles próximos demais da loucura, aqueles momentos de virada de mesa, de mudanças radicais... Na verdade, loucura mesmo é aceitar vestir uma camisa torcendo por outro time, ainda mais se estiver jogando uma final de campeonato!

Sobre influência e relevância

Ao som de King of my heart , Bethel Music. Quando me propus a trabalhar novamente com comunicação sabia que estava retornando para uma área ...