segunda-feira, 24 de abril de 2017

Acontece que...

Leia ao som de Cath & Release, Matt Simons



Gostei quando seu olhar esbarrou no meu. Aquele sorriso desajeitado e totalmente sincero foi tão bonito. Fazia tempo que não sentia algo tão espontâneo brotar. Eu sei, sou tão bobo, você me ganhou naquele instante, será que percebeu? Já me apaixonei várias vezes enquanto voltava de metrô para casa, mas dessa vez ... Bem, dessa vez eu suspirei de verdade. Você não é uma dessas mulheres impossíveis da Arcoverde. Me fiz de tolo por dias. Quis chamar sua atenção. E pra que? Se quando você sorriu, eu realmente me derreti. A noite era realmente a mais quente do ano? Não? Mentira! Estava fazendo frio? Impossível! Juro que senti meu rosto queimar. Eu quis te chamar para sentar ao meu lado, simplesmente para ouvir sua risada. Quis gravá-la. Ai, como sou idiota! Estou escrevendo tantas palavras para alguém que está tão perto e tão longe. Sabe, se você olhar mais para a esquerda, vai me ver aqui, rascunhando num moleskine surrado, palavras de amor eterno para a deusa de sardas marrons.  Tenho que lhe confessar: não sou bom com números, e você parece ser tão exata. Mas, sei fazer um maravilhoso misto quente e sou ótimo em pedir pizza. Faço boas mímicas e não há quem me vença em competições de quem ri primeiro. Não soou atraente? Bem, eu sou tão simples que você não levaria ¼ de hora para me decifrar. Eu, que mal sei seu nome, estou aqui imaginando em como seria delicioso esbarrar novamente em você. Será que devo deixar nas mãos do universo ou devo tropeçar novamente na sua frente? Desta vez, prometo não derrubar nem um livro em você. 

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Enquanto espero o amor chegar


Ao som de Enquanto esperoJoão Bosco


De todos os sonhos que já tive, o mais intenso e puro deles, foi o de pertencer a alguém. Não falo de estar diante de um altar e dizer sim na frente de amigos e familiares, mas o sonho de construir uma vida real, com contas vencendo todo dia 10, crianças à mesa e um vira-latas no quintal. Cheguei a acreditar que tinha “vencido na vida”, por tão cedo encontrar aquele que escolhi amar e pertencer. Mas houve um abril entre nós, e todo aquele sonho, todo o amor que eu tinha para dar e viver, precisou morrer. Por algum tempo, caminhei desacreditada, magoada e ferida, tamanha a dor que tive que encarar. Hoje eu sonho novamente. Sonho com o momento em que o amor chegará e me mostrará novamente o que é estar na vida de alguém, o quanto é bom andar de mãos dadas e caminhar sem pressa, sem pensar no tempo, apenas desfrutando dele.
Sonho com aquele que ainda não chegou e já gosto tanto. Sei que ele está guardado no coração Daquele que me sustenta, que me abriga nas noites de tristeza e incertezas. Não tenho dúvidas de que o Pai está nos preparando. Tenho certeza que o sorriso do meu amado provocará em mim uma alegria exagerada. Sei que meu jeito de escrever irá tocar seu coração. Ele pode até não torcer para o meu time, não saber dirigir ou ignorar o quanto gosto do mar, mas tenho certeza vou amá-lo e sei que não estarei sozinha. 

Talvez tenha sido a semana extremamente difícil ou simplesmente o sonho que voltou a florescer, não sei ao certo o que me fez ter vontade de dizer: Sim, Senhor, eu ainda espero o meu Boás, ainda espero aquele a quem irei amar e pertencer!


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[Para ela]
Ele vai chegar! Vai te amar e quando lembrar desse tempo de espera, vai saber que valeu a pena.


terça-feira, 18 de abril de 2017

E se o amanhã não chegar?





Ao som de Nickelback, Photograph

“… Eu não tenho ideia porque a gente fica adiando as coisas, mas se eu tivesse que chutar, diria que tem muito a ver com o medo. Medo do fracasso. Medo da dor. Medo da rejeição. Às vezes, o medo é de apenas tomar uma decisão, porque e se você estiver errado? E se você fizer um erro que não dá para desfazer? Seja lá do que a gente tem medo, uma coisa é sempre verdade: com o tempo, a dor de não ter tomado uma atitude fica pior do que o medo de agir. Acaba parecendo que a gente está carregando um tumor gigante. E, não, eu não estou falando metaforicamente.” (Grey's Anatomy - 1T|E06)




 

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Simplicidade



Ao som de Pedro Mariano, É simples



“Sei que as coisas são complicadas. Mas ao mesmo tempo simples. Elas se complicam à medida que se tem medo da simplicidade – porque essa simplicidade deseja o fato em si, a verdade.”

(Teresa Montero (org.) in: Minhas queridas – Clarice Lispector. Carta para a irmã Tania Kaufmann, Berna, 13-06-1947. Ed. Rocco, p. 173)

Sobre influência e relevância

Ao som de King of my heart , Bethel Music. Quando me propus a trabalhar novamente com comunicação sabia que estava retornando para uma área ...