quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Da urgência da vida

“Será que é tempo que lhe falta pra perceber ? Será que temos esse tempo pra perder? E quem quer saber? A vida é tão rara, tão rara...”
Minha urgência por viver é tão grande, que me aflige, sufoca. O tempo está consumindo impunemente, vida e ossos.
Enquanto discutimos políticas que nunca resolvem absolutamente nada, perdemos nossos amanhãs. A vida tem escapado entre os dedos, nos abraços que não distribuímos, nos lugares que não conhecemos, nas risadas que não damos. Estamos perdendo futuros extraordinários por conta de presentes medíocres. Aceitamos reuniões intermináveis, rotinas engarrafadas, encontros sociais que nos causam depressão. Fotografamos ao invés de viver. Gravamos para não esquecer, mas se quer deixamos que seja marcado em nossa memória. Acumulamos números nas redes sociais como se fossem verdadeiros medidores de felicidade.
Respiro fundo e o ar não enche meus pulmões. Abro os braços para sentir o vento e ele não balança meus cabelos. A vida não espera, não tem replay, nem podemos escolher só as partes boas. Ela é agora, é enquanto escrevo, enquanto você lê. Não dá para retornar o tempo perdido, assim como ligações no celular. O tempo não escolhe amigos, é imparcial, implacável e urgente.
Tenho lido cada vez mais. Cheguei a ler um livro completo em menos de doze horas. A leitura me proporciona prazer e conhecimento, mas preciso ir além. Quero colocar novamente o pé na estrada, olhar outra vez acima das nuvens, conhecer novos sotaques, me perder em outros aeroportos e sentir a adrenalina correr pelo meu corpo por algo bom. Viver é urgente e necessário, não dá para nos acomodarmos ao mesmo jeito “mais ou menos” de ser e viver... 

Um comentário:

  1. Ana, é verdade qie a vioda passa e ainda que nas viagens, voando, passeando, ele é incrivelmente mais rápido,rs Passa sem perdão! Temos mesmo que aproveitar o mais possível, fazer o que gostamos, pois ela nos mostra a que veio...beijos,chica e boas andanças...

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