“Será que é tempo que lhe falta pra perceber ? Será que temos
esse tempo pra perder? E quem quer saber? A vida é tão rara, tão rara...”
Minha urgência por viver é tão grande, que me aflige, sufoca. O
tempo está consumindo impunemente, vida e ossos.
Enquanto discutimos políticas que nunca resolvem absolutamente
nada, perdemos nossos amanhãs. A vida tem escapado entre os dedos, nos abraços
que não distribuímos, nos lugares que não conhecemos, nas risadas que não
damos. Estamos perdendo futuros extraordinários por conta de presentes
medíocres. Aceitamos reuniões intermináveis, rotinas engarrafadas, encontros
sociais que nos causam depressão. Fotografamos ao invés de viver. Gravamos para
não esquecer, mas se quer deixamos que seja marcado em nossa memória.
Acumulamos números nas redes sociais como se fossem verdadeiros medidores de
felicidade.
Respiro fundo e o ar não enche meus pulmões. Abro os braços para
sentir o vento e ele não balança meus cabelos. A vida não espera, não tem
replay, nem podemos escolher só as partes boas. Ela é agora, é enquanto
escrevo, enquanto você lê. Não dá para retornar o tempo perdido, assim como
ligações no celular. O tempo não escolhe amigos, é imparcial, implacável e
urgente.
Tenho lido cada vez mais. Cheguei a ler um livro completo em
menos de doze horas. A leitura me proporciona prazer e conhecimento, mas
preciso ir além. Quero colocar novamente o pé na estrada, olhar outra vez acima
das nuvens, conhecer novos sotaques, me perder em outros aeroportos e sentir a
adrenalina correr pelo meu corpo por algo bom. Viver é urgente e necessário, não dá para
nos acomodarmos ao mesmo jeito “mais ou menos” de ser e viver...
Ana, é verdade qie a vioda passa e ainda que nas viagens, voando, passeando, ele é incrivelmente mais rápido,rs Passa sem perdão! Temos mesmo que aproveitar o mais possível, fazer o que gostamos, pois ela nos mostra a que veio...beijos,chica e boas andanças...
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