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A vida real é menos


As pessoas andam cada vez mais carentes e solitárias, apesar de colecionarem 3 mil amigos em perfis das redes sociais. Elas encontraram nas vidas agitadas e nas rotinas cansativas, desculpas para não investir nos relacionamentos pessoais (aqueles que exigem olho no olho,você lembra?). É mais fácil e prático manter pseudorelacionamentos nas redes sociais do que na vida real. Amar na vida real exige esforço, dedicação, empenho, enquanto no Facebook, basta que eu clique num polegar, escreva meia dúzia de palavras bonitas ou uma frase de Clarice e assim me torno a mais amada das criaturas.
Vamos batalhar por menos gente interessada em saber da vida alheia, e mais gente preocupada em fazer melhor a vida dos outros. Que comece por nós a mudança, seja com um sorriso, uma música, um bilhete, um abraço... A vida real dá trabalho, mas ela existe e pode ser melhor do que a vida que recebeu 56 curtidas.

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Texto escrito em agosto e esquecido num caderno qualquer (sim, eu escrevo em cadernos!).
Inspirado na personagem de Jéssica Biel, no filme "Eu odeio o dia dos namorados"

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