segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Sobre ser o motivo do texto e da canção de alguém...

 Ao som de Love me tender, Norah Jones

Depois de reler o texto Estratigrafia,  escrito por um amigo que estava inspirado por conversas com seu passado, fiquei pensando, analisando histórias e históricos, e sejamos francos: você se tornou o tipo de pessoa inesquecível ou que é facilmente apagada da memória, assim como viramos a primeira página no calendário? Pergunto isso porque eu nunca fui o tipo de pessoa por quem alguém deixa de fumar, para de beber, briga com a família, dirige quilômetros e mais quilômetros só para ficar um tempinho juntos. Nunca fui o motivo do texto ou da canção de alguém. Sempre fui a amiga, conselheira, aquela a quem o ombro nunca faltou. Com toda intensidade que me é peculiar, vivi momentos em que deixaria tudo por aquela pessoa, mesmo que fosse para viver o tempo que durou. Sempre tive a coragem (ou loucura) necessária para viver mais do que o que estava nas linhas dos escritos comuns.
Escrever me permite mostrar ao mundo o quanto as pessoas me atingem, alcançam, me emocionam. Mostro através do blog e dos textos não publicados, o que sinto, penso, desejo. Acredito que ao escrever para e sobre aquela pessoa, mostro que ela não é apenas protagonista em sua vida, mas também em minha história. Meses atrás, uma pessoa se identificou tanto com o que eu publiquei, que me ligou depois de muito tempo sem termos contato. No texto, eu não falava dele, mas ele se encontrou naquelas palavras, e achou que era o momento de ligar para dizer que ao longo de sua história de vida, fui a única mulher que o fez sentir querido, amado e verdadeiramente desejado. Putz, para mim foi tão difícil de acreditar nisso quanto no gol que o Deivid perdeu contra o Vasco. Nunca vivemos a história que escrevemos, mas foi através da voz dele que eu aprendi o que é paixão, e por conta dela estive entre céu e inferno por meses seguidos. Aceitava mentiras e me conformava com as migalhas, mas acreditava que poderia enfim, ser a mulher pela qual alguém lutaria. Com o passar do tempo a gente muda, na verdade, a gente entende quem realmente é ...  Aceitei que não sou o tipo de mulher por quem alguém faz loucuras, luta, compõe canções de amor e ódio. Serei sempre aquela que faz coro com a Marrom Faz uma loucura por mim. Sai gritando por aí bebendo e chora. Toma um porre, picha um muro que me adora. Faz uma loucura por mim. Fica até de madrugada, perde a hora.”
Exageros à parte, no fim das contas, o que você quer realmente é ser personagem na história de alguém. Quer ver seus defeitos amenizados no português bonito de um rascunho; enxergar suas virtudes pela ótica alheia, se possível com um pouco de bossa e uma boa trilha sonora. O que você quer, é perceber que sua existência não foi em vão, pois suas atitudes e gestos marcaram, influenciaram, significaram bem mais do que o comum. Enfim, quer que sua vida tenha sido extraordinária, pelo menos para uma  única pessoa!

7 comentários:

  1. Ana,
    Já fazia algum tempo que eu não visitava seu blog e ao voltar, me deparo com um texto em que tenho vontade de dizer: COMO VOCÊ CONSEGUE ser tão irritantemente profunda? Todo mundo já passou por crises em que se perguntou se estava fazendo a diferença ou não, na vida de alguém. Hoje eu sei que faço, na vida de três pessoas: Tiago, Junior e Isabela. Como se não fosse suficiente, ainda tenho o Stalone e o Van Dame, meus dois vira-latas... tsc tsc.
    Adorei o texto! Voltarei mais vezes!
    Amélia Mattoso

    ResponderExcluir
  2. Pra começar eu digo que sou de abraço, de beijo e de aperto leve!!! Rsrsrs
    Eu sou comum quando me olho no espelho e vejo meu rosto inchado por causa da rinite e sinusite, quando tenho que apertar a barriga para disfarçar a gordurinha e quando tenho que guardar as compras na geladeira.
    Eu sou extraordinária quando eu faço o bem sem esperar nada em troca, ou melhor: quando deixo deixo de ser Eu e passo a Ser imitadora do meu PAI.
    Posso dar exemplo? Certa vez eu estava abastecendo o carro, quando vi um mendigo cheio de papelão nas costas cair e bater com a cabeça em uma grande pedra.
    Imagine uma mulher toda arrumada, de salto muito cheirosa e maquiada, sair do carro correndo e deixar para trás o carro aberto com bolsa e documentos e me ajoelhar ao lado deste homem. Essa sou eu!!rs. Coloquei as mãos no seu rosto e chorei clamando a Deus que não o deixasse morrer sem salvação. Quando dei por mim, tinha uma roda de pessoas me olhando e só me levantei do chão quando vi que o sangue tinha parado de sair e Ele voltou a si dando entender que estava bem. Aí eu gritei! Agora podem chamar a ambulância por que o Meu Deus já passou por aqui!! ALELUIA!!!
    O esquecimento alheio dói mais pra uns do que pra outros.
    A diferença tem que ser do tipo " nascer de novo". Rsrs
    Preciso exagerar! Essa sou Eu!!! Rs

    ResponderExcluir
  3. Super já me senti assim várias vezes. Quando eu era a macambuzia que reclamava da solidão persistente e não enxergava a beleza da vida. E embora que nessa antiga época, houvera quem tomasse um porre por mim e gritasse alto no meio da rua meu nome. Vai entender? Mulher sempre quer mais! Quer o extraórdinário e isso não é aqule carro de som ridículo cantando o seu nome. É um pote de sorvete na tempestade só porque lembraram que vc ama tomar sorvete quando chove e tá um pouco frio. Essa foi sem dúvida a melhor demontração pra mim. O surpreendente o inesperado. Ou uma simles declaração que revela sua alma olhando diretamente nos seus olhos. É assustadoramente avassalador, dói, excita, enleva, enlouquece e você nunca esquece. A verdade mesmo é que fomos únicos pra alguém ou muita gente, mas pra quem realmente nos importa será que fomos? Como diria minha amiga Késia: "Eu quero é saber se Deus tá me curtindo." E definitivamente é o único acima de todos os outros gestos que nos torna verdadeiramente únicos!

    ResponderExcluir
  4. Ana,

    Amei o texto, aliás eu também queria muito que alguém fizesse uma loucura por mim...Entendo perfeitamente o que você quis dizer e este texto me fez refletir sobre muitas coisas na minha vida.

    Texto perfeito.

    Só para sua "edificação" este texto me ajudou muito e precisava lê-lo...Não foi à toa que tivemos esta conversa hoje. Viu como Deus está nas suas palavras mesmo que pareça loucura dar a cara a tapa, você pode estar mudando a história de muitas pessoas com o seu exemplo de vida.

    Continue sempre assim e não ligue para a opinião alheia. Há pessoas que não entendem o que fazemos e nos julgam muitas vezes, mas creia que num simples gesto, palavra e atitudes você está sim sendo usada por Deus.

    Obrigada.

    Bjs!
    Tatiana

    ResponderExcluir
  5. Oi, Ana!
    Já fazia um tempinho que não visitava seu blog e me agradei muito do texto, mensagem que reflete sua transparêcia e autencidade, como escritora. Sem dúvida, faz parte da história de sua vida. Também já fiz e faço muitas coisas em prol das pessoas (próximas ou não de mim) e já tive e tenho amigos que já se aventuraram em muitas situações difíceis em prol de algo para me ajudar numa missão quase "impossível!" em vários momentos especiais da minha vida. Foram atos de amor que nunca esqueço! Muitas vezes precisamos negar à nossa vontade e fazer a vontade dAquele que nos criou e nos chamou para transbordar ânimo e alegria nas pessoas que nos cercam! Sem esperar algo em troca, pois a provisão sempre vem de Deus!
    Esse é meu clube, essa é a minha vida!
    Beijos,
    Verinha.

    ResponderExcluir
  6. Respostas
    1. Obrigada, sua linda! Visite mais vezes... Fique a vontade, se quiser, tomamos um café..rs.

      Excluir

Sobre influência e relevância

Ao som de King of my heart , Bethel Music. Quando me propus a trabalhar novamente com comunicação sabia que estava retornando para uma área ...