quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Setembro e sentimentalidades





Ao som de Dias melhores

É em setembro que nos damos conta de que o ano está próximo do fim; é quando percebemos que não tivemos um inverno decente no Rio de Janeiro e novamente a primavera chega com seu calor implacável, anunciando que o verão será causticante. A minha relação com setembro nunca foi simples. É neste intervalo de dias que a dores que nunca sucumbem, costumam se mostrar mais, assim como as saudades jamais curadas. Foi num setembro que vi o céu se pintar de laranja e o sol se despedir com espetáculos únicos, dia após dia. Trinta noites de Vivaldi, janelas abertas e sentimentalidades. Foi em setembro minha maior queda de P.A e também quando enfim aceitei que todos nós ficamos velhos e desistimos de nós, dos outros, dos sonhos.... Este setembro não tem sido diferente de tantos outros e já mostrou suas garras, provocando dores jamais imaginadas. Mas sabe, eu não vou desistir de ver a beleza dos Ipês ou buscar a tranquilidade do que é ordinário, só porque setembro mostrou, mais uma vez, o quanto a vida bate pesado.  Ainda que essa mesma vida me faça aprender na marra, eu não vou me entregar. Outros setembros virão e eu não deposito sobre eles qualquer expectativa. Serão apenas trinta dias entre agosto e outubro.

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