sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Sobre o que somos e partidas


Para ler ao som de Fera Ferida - Maria Bethânia

Nunca temi o fato de a nossa história chegar ao fim. Tudo perece e nossa relação também tinha prazo de validade. Não me surpreendi com o afastamento e tantos silêncios, mas me magoou a forma como certas coisas aconteceram. De uma história tão linda, fomos resumidos a ligações não atendidas e duas letras em comum. Eis que o dia que jamais imaginei viver chegou – o dia em que o coração não ficaria acelerado, em que a página foi realmente virada e músicas deixaram de me fazer chorar. Parou de doer. Deixou de
fazer sentido esperar pelo que nunca virá. Nasceu a urgência da mudança. Mais profunda que um corte de cabelo. Sai a amargura e chega a esperança. Digo adeus às frustrações para receber de braços abertos um futuro todo meu. Se me arrependo? Nem por um único momento. Jamais duvidei da intensidade do que tínhamos, mas é isso: tínhamos. Nunca fomos. Ser é diferente de ter. E tivemos a intensidade, a paixão, a beleza. Mas éramos diferentes. Somos diferentes. Sou mais que expectativas e um café. Você é mais que complicações e um par de tênis corrida. Somos mais, mas somos caminhos diferentes. Temos um passado lindo, repleto de afagos e uma saudade muito própria, mas seguir em frente é preciso. Ir à diante. Construir novas histórias. Viver outros sorrisos. Simplesmente viver.

Um comentário:

  1. LIndo e é assim mesmo.Apesar do fim, seguir em frente, recomeçar, saber seguir! bjs, chica

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