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Mostrando postagens de dezembro, 2011

Dois mil e todo...

Que 2012 seja tudo o que precisamos e muito mais do que esperamos! Feliz ano todo! “Faça valer a caminhada: se você chegar lá, chegou, se não chegar, não terá do que se arrepender. A felicidade não é um lugar aonde se chega, mas um jeito como se vai.” Ed René Kivitz

Sobre a gente ficar junto

A gente ficou junto e pronto. Não havia plural, mas os abraços, o companheirismo e as risadas noite a fora eram nossa realidade. A gente entendia celular desligado e mãos dadas. Eu sorria toda vez que você dedilhava uma canção do Van Hallen , e você me achava sua melhor plateia . Sem intenções veladas, só sonhos que ninguém tinha coragem de contar. Eu estava ali, por completo - crítica e mal humorada, e você com o sorriso mais encantador das manhãs. Perdi as contas de quantas vezes me equilibrei nos reencontros, nas despedidas e  principalmente nos embates irritantes com quem sempre soube como conduzir meu temperamento difícil. A gente sempre ficou junto. Sempre. Mesmo longe, quando você foi viver sua aventura na Califórnia. Você sempre entendeu meus olhares, enquanto eu aprendia o teu silencio. Eu nunca tomei jeito... Está tudo tão bom como está, e eu sei que poderia ser diferente. Sou patét...

Minha humanidade

“(...)Sou tão humana, Meu Deus! E no processo de lapidação, joguei fora algumas das minhas arestas, que talvez fossem o que eu tinha de mais valioso. Sou apenas alguém que escreve, que oscila, que anseia, que sofre, que ama, que acorda de madrugada pra pensar e tem inveja dos que dormem tão profundamente àquela hora. Não tenho nada que outra pessoa não possa desenvolver também. Não há limite que eu não possa superar. E se você me encontrar por aí, ou por aqui dizendo coisas e mais coisas, duvide de mim também. Sou apenas mais um na multidão que, enquanto caminha, vai deixando pra trás certezas, adereços, endereços...” Marla de Queiroz

Não sou boa em esquecer

Perdi as contas de quantas vezes peguei o telefone e disquei seu número sem completar a ligação... Tive vontade de saber como está a vida, como estão os negócios, se fez as pazes com o amigo que se zangou e foi embora, mas faltou coragem. Esqueci de contar: estou a caminho. A vida planejou e esqueceu de me preparar. Sempre imaginei que este encontro seria detalhadamente sincronizado com nossos desejos e interesses.  Nem adianta argumentar, a ironia da vida supera qualquer tentativa de me impedir de chegar em algumas horas. As placas insistem em exibir a minha inquietação. Faz frio em mim... A imagem do seu quarto minuciosamente organizado me veio a mente. As conversas despretensiosas, a bateria que insistia em acabar, a voz sonolenta e educada pela manhã, a plantação de eucalipto que nunca vi. Perdi o foco e o tempo correu. Não li mais do que dois parágrafos do livro que trouxe agarrado entre as mãos. Criar diálogos para nosso encontro e ensaiar sorrisos comedidos me...

Duas e dez ou oito e meia

Para ler ao som de  Cartola Treinei meus olhos para encontrar beleza no que é simples e alegria no cotidiano. Falo bastante, o volume da minha risada é alto, abraço as pessoas. Minha gramática é limitada. Conheço a geografia que me interessa e só consigo completar operações matemáticas com calculadora. É irritante sofrer de insônia, ainda que não seja com freqüência. Não é que eu tenha problemas com sono, ele me ama. Aliás, me ama ardentemente, principalmente durante o dia, depois de a insônia ter me feito juras de amor a noite. E é um saco . Coleciono receitas de remedinhos para dormir, me recuso a comprá-los. Até tenho uma caixinha na gaveta do criado-mudo, mas ela completou seu terceiro aniversário e em fevereiro irá partir desta para melhor. Se a semana está muito mais difícil que o de costume, apelo para metade de um comprimido e começo a chamar os carneirinhos por ordem alfabética. Mas o leitor desse blog não tem nada a ver com o que eu tomo ou deixo de tomar; se eu e...