Pular para o conteúdo principal

Sobre Luana Piovanni, influências e modelos

“Luana Piovanni é exemplo.” Essa manchete me chamou atenção ao abrir a caixa de e-mails hoje cedo. Quando dizemos que uma pessoa é exemplo, estamos lhe dizendo: “você age de maneira exemplar, é um modelo a ser seguido.” Aproveitando a notícia, quero falar um pouco sobre exemplos, influencias e etc.

Nunca fui exemplo para ninguém. Aliás, nunca quis ser. Nunca emiti certificado de mais santa, mais crente, mais certinha ou qualquer coisa do tipo. As vezes que me distanciei do evangelho deixava isso bem claro, pois basta uma escorregadela para que alguém já aponte o dedo dizendo: “e se diz evangélica fazendo/falando isso?” (Cá pra nós, ninguém faz isso com católicos, umbandistas, hare krishnas... aff! )

Todos nós buscamos referencias, pessoas que se tornam ícones por sua história ou conduta, e que tenham coerência entre diálogo e atitude. Buscamos pessoas que exerçam boas influencias sobre nós, que melhorem nossos dias e agreguem valor à convivência. Sabendo disso, como permitimos que algumas pessoas se aproximem e deturpem nosso modo de pensar? Como admitimos referenciais tão fajutos quanto uma nota de R$ 7,00? Pior: em que momento deixamos de ser o tipo de gente que influencia para o bem e começamos a achar natural ser indiferente?

Se alguém me disser que tenho que agir como Lady Gaga, Miley Cyrus ou Luana Piovanni de agora em diante, baterei firme na tecla de que esse não é o exemplo que quero seguir para minha vida, sou capaz de determinar meus referenciais de maneira mais criteriosa. Mas por que tem gente que aceita que outros ditem quais exemplos devem ser seguidos? Por que aceitam pessoas que digam que não tem nada a ver usar drogas, passar dias seguidos embriagado, trair, enganar, ser indiferente ao que realmente importa nessa vida?

Enfim, ao escolher as pessoas que são referencias para mim em determinada área, preocupo-me muito mais com comportamentos e escolhas feitas do que com as palavras que usam para demonstrar seus valores. As ações falam muito mais alto do que qualquer discurso.

_______________________________
A notícia está aqui e refere-se ao processo contra o ator Dado Dolabella por agressão.
Nem mesmo nessa situação considero Luana Piovanni um exemplo.

Comentários

  1. Sabe aquele velho provérbio: Diga-me com quem tu andas que lhe direi quem és? Pois é, somos parte, seguimento e resquícios de todas as pessoas com quem nos relacionamos. Haverá sempre alguma coisa de um alguém em nós, sejam elas boas ou ruins. Agora, cabe a nós mesmos decidirmos o que devemos ou não absorver de cada uma das pessoas que passam ou se instalam em nossas vidas. Se percebo que em algum momento determinada pessoa me fará bem, ou melhor, me trará qualquer tipo de benefício, sobretudo, nos que diz respeito ao meu comportamento, devo desejar que permaneça ao meu lado. Contudo, se observo que somente corrompe os meus bons costumes, não farei a menor questão de conviver ou me relacionar com ela. Somos parte de um todo, mas esse todo quem escolhe somos nós.

    ResponderExcluir
  2. Ana,

    Belo texto!

    Nossa maior influência é Jesus Cristo. Este sim, é um modelo a ser seguido.

    Luana Piovani referêcia?, aff! Só me falatava essa!

    Pr. Ricardo Santos
    Manaus - AM

    ResponderExcluir
  3. Ana, Boa tarde

    Amiga, pessimos exemplos , principalmente na midia e o que nao falta hoje em dia. Infelizmente. Pessoas que em suas vidas so fizeram besteiras, escandalos, relacionamentos errados, escandalos. E basta uma atitude certa, para que sejam citadas como exemplo e tal. Infelizmente , fazer o que. Agora quanto ao fato da cobranca de pessoas para com voce, questionando sua condutam sua vida, atitudes, se deve ao fato de voce ser uma pessoa boa, pessoa do bem. Isto sem querer ser exemplo e nada. Voce ja viu alguem cobrar atitudes, condutas de alguem que ja tem uma vida errada?
    O importante e nossa consciencia, e estarmos certos de que fazemos o melhor de nos, e nao somos perfeitos.
    Um abraco,
    Eduardo - int de sp
    doni.amp@hotmail.com

    ResponderExcluir
  4. Ana,

    Era só o que faltava, Luana Piovani como exemplo. Exemplo de quê? Do que não fazer, só pode ser isso, pq uma pessoa que não consegue guardar nenhum tipo de fidelidade a um relacionamento, vive em tablóides, envolvida em escandâlos, realmente o site Yahoo, não deveria ter nada de bom para publicar, e enche nossos olhos com a mais inútil notícia, prefiro ficar com outros exemplos pra minha vida. Só digo uma coisa: "Maranata, Ora vem Senhor Jesus", parem o mundo que eu quero descer, por gentileza, é o fim da picada, essa notícia.

    Ass: Susana Terto.

    ResponderExcluir
  5. Ótimo post, Ana!
    Referência pra mim é um norte,uma luz em determinado assunto,mas não acredito que as pessoas são 100% de exemplo para ninguém.Podemos nos influenciar por certa atitude em determinado momento da tal pessoa porque ela fecha com os nossos valores,mas não sejamos ingênuos em achar que estas tais pessoas são 100% o tempo todo. . Todos somos humanos,falíveis.Somos também feito de erros e de inseguranças e fraquezas que geram outras atitudes.
    Não tenho ídolos,tenho norteadores sim,nada inatingível,porque essa mitificação beira a fanatismo,a extremos que não são saudáveis pra vida de ninguém.
    Quando Descartes fala:penso,logo existo.Está implícito na frase que tudo é questionável e questionar é buscar conhecimento e profundidade no que se quer crer.
    bjos

    ResponderExcluir
  6. Maravilha de conclusão essa. Não podemos ir atrás da "boiada"...Vamos com nossos passos e é muito mais sensato! beijos,obrigado pelo carinho por lá!chica

    ResponderExcluir
  7. Com certeza, os valores estão todos distorcidos, sem falar do que ela fez com Santoro...tadinho...tão fofo!!!kkk

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Salomão ou Tio Patinhas?

Numa conversa informal e muito agradável sexta-feira pela manhã pude aprender um pouco da história de pessoas queridas que venceram na vida. Pessoas que não nasceram em lar abastado, que não ganharam na loteria nem fizeram um casamento por interesse, mas que batalharam muito para conquistar estabilidade financeira. Comum a todos os exemplos de superação, estava o compromisso que assumiram com Cristo, além de, muito trabalho e renúncias. Em tempos quem os conceitos do Tio Patinhas ( dinheiro, dinheiro, dinheiro! ) são mais valorizados que a Palavra de Deus, fiquei feliz em ouvir que pessoas normais, pessoas como eu e você meu querido leitor, conseguiram conquistar posições inimagináveis sem fazer barganha com Deus, ou lhe apontar o dedo dizendo que “mereciam” ganhar isso ou aquilo. Um homem próspero, rico e sábio que não fez barganha com Deus foi Salomão. Na época em que viveu ficou conhecido em todo mundo graças à sabedoria que lhe foi dada por Deus. O que quase ninguém ob...

Sobre influência e relevância

Ao som de King of my heart , Bethel Music. Quando me propus a trabalhar novamente com comunicação sabia que estava retornando para uma área concorrida, mas onde me sinto completamente realizada. Não é apenas sobre criar conteúdo vendável para os meus clientes ou fazer a gerência de seus números nas redes sociais, trata-se de descobrir a relevância daquilo que está sendo ofertado, seja uma ideia, produto ou serviço.   Por vezes a questão da influência será superestimada para quem trabalha com mídias sociais. Aprendemos a interpretar métricas, analisar comportamentos e traçar perfis com base naquilo que é exposto, publicado. Para quem decide viver o Reino a questão precisa ser analisada de forma mais ampla. Não dá para ser apenas influente, é preciso ser relevante.     Nos últimos dias vimos uma verdadeira enxurrada de conteúdo sobre o  ClubHouse  (um aplicativo exclusivo para  iOs , onde as pessoas se comunicam exclusivamente através de áudios). O Douglas Va...

Depedência divina e nossa necessidade de controlar tudo

Você pode ler ao som de 17 dejaneiro – Os Arrais Fui criada para ser independente. Nunca depender de ninguém, ser autossuficiente, capaz de resolver todo e qualquer perrengue. Por conta disso, reconhecer que preciso de ajuda sempre foi (e ainda é), bastante complicado. Há meses eu venho sofrendo dores terríveis, sem jamais conseguir pedir socorro. Perdi meu chão, tudo o que eu considerava concreto, simplesmente ruiu. Achava que em algum momento eu conseguiria me reerguer sem precisar admitir fragilidade, pedir ajuda. Fiz o caminho inverso de quem precisa de cura: ao invés de buscar socorro, segurava as minhas feridas com as mãos e escondia o que estava me matando com qualquer coisa que pudesse anestesiar o que estava sentindo. . Essa dor durou mais do que eu poderia imaginar. Aprendi que ela não vai embora até que você seja capaz de olhá-la de frente, até que entenda o que está causando a ferida. Não é qualquer olhar. É o olhar direcionado e acompanhado por Aquele que...