sábado, 21 de maio de 2011

Relicário

Ontem durante mais um engarrafamento de tirar qualquer um do sério, eu aproveitei para organizar o meu relicário de lembranças. Algumas mais recentes outras mais antigas. Repensando algumas situações, percebi que já me desvencilhei de muitas pessoas que fizeram parte da minha vida - algumas que me fizeram bem,me ajudaram a crescer, a aprender um pouco mais, e que com certeza, doeu soltar, deixar ir; outras  que me magoaram, feriram.  O mais importante nessa partida é o fato de não ter esperado ouvir delas um pedido de desculpas, perdão, ou mesmo uma justificativa, simplesmente liberei perdão e disse adeus às magoas.
Apesar de ser uma pessoa com certa dificuldade em desapegar das pessoas, uma hora deixo ir e sobrepujo minha dificuldade em assimilar mudanças, principalmente as repentinas. “Mudança” foi a palavra que determinou grande parte das situações que vivi nas últimas semanas, perceber que desapegar é um processo pessoal (ainda que seja lento) e necessário, me dá forças para seguir caminhando, permitindo que outras pessoas se aproximem, outras se afastem, e novos caminhos me desafiem.
O que me deu tranqüilidade foi lembrar o que está escrito em Eclesiastes: Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu [...] Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar”. Qual tempo virá agora? Não sei, mas tenho uma caixinha com bastante espaço para novas memórias.
Bom fim de semana pra todos!

2 comentários:

  1. Bom dia Escritora,
    Eu simplesmente perdi a conta de tantos livros, artigos, palestras, conselhos, ministrações, pregações, broncas, blog´s e afins que eu já li sobre a tríade: mágoa-perdão-esquecimento.
    Por mais que eu queria, por mais que eu deseje, por mais que eu suplique tem coisas que aconteceram (algumas ainda) na minha vida que simplesmente não dá. Preciso aprender sobre estas coisas de desapegos emocionais, pois os desapegos materiais, estes, a vida se encarregou de acostumar o meu coração.
    Acho que fim não é tanto a mágoa mas o desejo imundo de todo coração ferido em ter a ação da justiça divina (ou humana) da ofensa realizada. Me entende? Sei que sim! Vc mais do que qq outra pessoa entende.
    Bjs
    Rosinei

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  2. Boa tarde, Ana!
    Sem dúvida,muitas pessoas passam por nós e se tornam parte da nossa história de vida de forma positiva ou negativa. Essas pessoas deixam marcas positivas (cresecemos e aprendemos) com elas ou nos frustramos e nos decepcionamos. Mas, sabemos que cada situação vivida, tiramos importantes lições que servem para adquirir experiência na vida: que o desapego, num dado momento, é INEVITÁVEL, até para amadurecimento e independência nossa; que o apego é IMPORTANTE para estabelecer laços de amizade e relacionamentos.Mas, como mesmo você mencionou a passagem do livro de Provérbio, há tempo para tudo debaixo do céu. Tudo tem seu tempo determinado... Ou seja, hé momentos de juntar e espalhar... E com isso vamos que vamos prosseguindo com a vida crescendo em graça e conhecimento em tudo...
    Beijos e boa semana!
    Bjs.

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