Ao som
de Gonzaguinha - O que é, o que é
Estava
deitada, pronta para dormir, começando a fase de desligar motores, quando o
comercial do Pão de Açúcar invadiu meu quarto e dominou minha mente. Não
conseguia pensar em mais nada. Isso é tão clichê que virou tema de
comercial de supermercado, tornou-se assunto deste post e de várias conversas
ao longo do dia. O que nos faz feliz ? Fomos
esquecendo com o passar dos dias, e um comercial de 60 segundos
precisou nos lembrar.
Minha
felicidade não é vendida no Pão de Açúcar nem em qualquer outro supermercado.
Aliás, vejo minha felicidade, aquela de sorriso aberto, no abraço carinhoso no
meio da noite, no carinho de mãe, na companhia dos irmãos, na gargalhada
sincera das sobrinhas. Minha felicidade está em tudo o que sou, nas pessoas que
são importantes para mim. Está nas pequenas coisas, como tomar sorvete numa
noite quente, rir até sentir dor na barriga com os amigos, assistir a um filme
e ficar de chamego no sofá, jantar fora num fim de semana de verão, tomar
chocolate quente no inverno, viajar, ouvir histórias, dançar na chuva, ler
um livro, levar a cadela para passear ...
Todas
estas coisas são simples, intangíveis e
insubstituíveis. São momentos que muitos só irão valorizar no dia em que
não puderem mais aproveitá-los. Recentemente um conhecido sofreu acidente de
carro em que ficou 15 dias hospitalizado. Depois disso, resolveu viver de forma
diferente: menos trabalho e mais família. Anos atrás, uma pessoa da família
começou sua batalha contra um tumor no estômago, mas percebeu que era
tarde demais para muitas coisas: filhos crescidos e muito tempo perdido
dentro de uma loja que acabou falindo. Em junho um grande
amigo descobriu que está com tumor cerebral. Maior que a dor da
doença e as limitações que ela traz, é a dor em saber que perdeu muito tempo
ganhando a vida, mas acabou deixando de vivê-la.
Levo a
sério essa história de levar as coisas com leveza. Claro que eu piro em muitos
momentos, me estresso, grito, bato portas, mas procuro não guardar mágoas e
dores. Não me permito dias de tristeza excessiva. Não me permito muitos dias de
mau humor. A vida está passando depressa demais para eu deixar de cantar/dançar
Sidney Magal, ou me preocupar se não sou unanimidade entre as pessoas a minha
volta. A vida acontece enquanto você está aí lendo este texto. (Puxa vida,
escrever me faz feliz demais e espero que ler minhas teorias e teoremas também
lhe faça.)
Estou
longe do “padrão Globo de ser”, aliás, eu não me enquadro em nenhum padrão, e
não poderia dizer o que irá te fazer feliz, mas sei o que me faz, ainda que
não faça a mais ninguém. Sou única, sou humana em falhas e acertos, e há quem diga que este seja o segredo da
felicidade.
Como já
disse o Gonzaguinha certa vez: “Somos nós
que fazemos a vida como der, ou puder, ou quiser... Sempre desejada por mais
que esteja errada ninguém quer a morte, só saúde e sorte...” Você aí,
caro leitor amigo ou desconhecido, você é muito especial e
totalmente único. Você merece ser feliz, como der, puder ou quiser. “Nós podemos tudo, nós podemos mais, vamos lá fazer o que
será.” (Gonzaguinha again).
Seja
feliz. Não leve tão a sério a opinião dos outros. Suspire, viva. Perca o
fôlego, expire, inspire. Arrisque. Corra, grite, pule, sorria, chore. E
lembre-se: da vida a gente não leva nada, só mesmo o que viveu. Então viva tudo
o que você quiser viver, “não há tempo que volte, amor. Vamos viver tudo que há
pra viver....”. Não invente desculpas,
não adie a sua felicidade. Não deixe para amanhã, não deixe para o próximo ano,
para depois de...
Seja
sempre muito feliz, se for possível, com um sorriso digno de comercial de pasta
de dentes.
Excelente texto, parabéns! "Viver e não ter a vergonha de ser feliz. Cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz." Ser feliz é fazer exatamente o que fiz quando ganhei um simples aspirador de pó. É colocar um sorriso no rosto e conseguir arrancar dos outros um sorrrio ainda melhor. Ser feliz é viver cada momento como se ele fosse único. Sabe aquela história da flecha lançada, então, é isso. Mesmo que ela não atinja o alvo, jamais voltará. Sejamos felizes em "tempo e fora de tempo". Beijos! Elaine Elen
ResponderExcluirFelicidade e simplicidade. Pra mim duas palavras sinônimas... Quando nos damos conta que o prazer por estarmos vivos, ao lado de quem realmente amamos, fazendo o que gostamos porque gostamos está expresso em detalhes, minutos de vida, tudo ganha um novo sentido. Até mesmo quando a dor do outro (e você entende o que eu digo!) é a nossa também. Parece que Deus usa isso como lembretes para as vidas das pessoas ao redor.
ResponderExcluirAninha, tô contigo e não abro: "Não invente desculpas, não adie a sua felicidade... Não deixe para depois de..." Bela inspiração! Beijos / Glaucia Montes
Minha amiga querida fico muito feliz em "ti ler", sim eu ti leio!!!! E esse texto marca o meu momento de libertação. Quero o que esta nesse texto, ser simples, ter menos, viver mais... Eu quis ser independente d+, inteligente d+ e outras coisas mais... Só que com isso cometi os erros descritos no seu texto...
ResponderExcluirMas já entendi, acordei depois das quedas e desmaios, percebendo que a vida é agora!
Então eu, euza, euzinha mesma tô indo viver agora tá, viver e ser muito, mas muito feliz!!!
Beijos e obrigada pelo incentivo!
ESTERZINHA
Seja você "je pense, donc je suis" ou "Carpe Diem" o que importa é ser feliz. rs
ResponderExcluirOi Anna, tudo bem?
ResponderExcluirAdorei seu texto. Você se inspirou em alguns trechos mas não teve cópia, não.
Aliás, continue escrevendo, vc manda bem.
Um beijo,
Ana