segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Existe tempo certo para o perdão?





Uma vez recebi um texto falando sobre Michelangelo. No texto, ele dizia que o melhor jeito de julgar os elementos essenciais de uma estátua é jogá-la de um morro, e as peças que não forem importantes vão se quebrar. Às vezes a vida é assim, ela nos atira morro abaixo, mas quando atingimos o fim e só restam “algumas coisas”, percebemos que as que restaram são as mais importantes. É quando nos agarramos ao que “sobrou”, que realmente nos conhecemos.
Nessa construção diária de uma escritora, construo também a minha história. Minha história de vida, com dores, surpresas, aprendizados, recomeços, perdas e ganhos. Esta semana fui surpreendida com um pedido de perdão. Pena ele ter chegado tão tarde, quando eu já não precisava mais ouvi-lo. Entendo a necessidade da pessoa em acertar as contas com seu passado. Não me importa se esse pedido foi sincero ou não, é com Deus que a pessoa irá tratar. Mas e agora, José? Retirar esse esqueleto do armário não me traz mais aprendizado do que já trouxe, nem causa mais dor do que já doeu. Não me edifica, nem me desconstrói. Só me faz ver que depois de ter sido jogada morro abaixo encontrei o essencial, o importante, o necessário: me encontrei.  

And I'm feeling ...

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