Estou no quarto ouvindo o cd do Louv’art enquanto rascunho algumas ideias para o blog. Mãe e irmão na sala assistindo tevê. Vizinhos conversando animadamente no quintal da casa deles. Belinha derruba o portão que deveria impedi-la de passar para a varanda e vai até o muro dos vizinhos para latir, latir, e latir histericamente. Meus vizinhos ignoram completamente os latidos dela e continuam a gargalhar e beber.
-“Belinha, pra que esse escândalo?” Eu pergunto pra ela. (Quem será pior: eu por perguntar ou ela por me ignorar e continuar a latir?) Eles continuam conversando, bebendo e rindo enquanto você fica aí latindo sem parar. Ninguém da outra casa resolveu sair do quintal ou mesmo latir pra você. Então... Pra quê, sua idiota?
Peraê... Acabo de me sentir tão idiota quanto ela! Quantas vezes eu desperdiço minhas energias, minha voz para nada. Perco a calma com bobeiras do meu universo diário (na maioria das vezes eu poderia simplesmente ignorar, mas não consigo) No final o que eu ganho? Nada. Pura energia desperdiçada.
Bom seria se Belinha pudesse raciocinar um pouquinho assim: “sempre que eles ficam no quintal eu fico daqui de baixo latindo e nada acontece. Eles não vão deixar de beber a cerveja de sábado no quintal. A partir de agora eu não vou mais me cansar latindo à toa, vou ficar aqui quietinha na varanda brincando com o Mingau. Sinceramente... que tola que eu era!”.
Bom mesmo seria se nós conseguissemos pensar melhor antes de nos desgastarmos, perdermos a calma por tão pouco, porque no fim das contas é quase o mesmo que latir para vizinhos em seu quintal: simplesmente não adianta nada !
Olá, querida...
ResponderExcluirO que a Belinha pensa, não é o mesmo que a gente? Rss.
Que O Senhor nos ajude a ter sabedoria sempre.
Bjinhos!
Querida a gente vê isso em todos os lugares e, sobretudo, na vida das pessoas com as quais nos relacionamos. Impedir que Belinha entenda que está gastando tempo e energia é totalmente impossível, isso é parte dela, é algo que ela sabe ser a coisa certa a fazer. Bem, isso me faz pensar nas coisas certas que eu devia estar fazendo quando de fato me vejo gastando tempo com coisas insignificantes. A diferença entre eu e a Belinha?! Bem, acho que ela faz as coisas irracionais com toda energia como se fossem "certas" e eu faço as coisas racionais e insignificantes como se fossem "perda de tempo e energia". Ei escritora obrigado por me fazer tornar mais relevante os vários momentos do meu dia.
ResponderExcluirOI amiga, to eu xeretando seu blog um pouquinho aqui. por curiosidade, achei atraves de um comentario que fez em outro e adorei. Resolvi escrever . Quem estaria com a total razão, ou com a falta da razão? A belinha por latir,e latir, sem saber que isto não ira causar nenhum efeito? O vizinho, por estar num sabado bebendo , e fazendo barulho, e talvez incomodando o morador ao lado? Ou voce, ao repreender Belinha, por achar que os latidos dela seriam inuteis naquele momento? Talvez cada um tenha no seu modo de entender as coisas, sua razão. Eu acho que tudo na vida seria tão diferente se as pessoas respeitasse mais as outras. Tudo bem que estar em sua casa, lhe da certos direitos, mas desde que não perturbe , incomode o próximo.
ResponderExcluirum abraço, vou acompanhar seu blog a partir de agora posso? rsrs tudo de bom.
Eduardo - int de sp
doni.amp@hotmail.com