sábado, 5 de dezembro de 2009

Sobre chuva e pensamentos

 Ao som de Esquadros, Adriana Calcanhoto

 
Sou completamente apaixonada pela Cidade Sorriso, tanto que consigo achá-la linda até mesmo nos dias chuvosos, como hoje. Fiquei um tempo na sacada de um prédio admirando o mar. Como um lugar consegue ser tão especial, mesmo nos dias que as pessoas menos amam? Particularmente, gosto dos dias nublados. Um pouco de chuva não me espanta, ao contrário, me anima a sair, a sentar nas cadeiras de um shopping a beira mar e ficar lendo. Fiquei um tempo naquele mezanino e o mar me chamava atenção com seus movimentos tão firmes; vi algumas pessoas correndo, passando completamente despercebidas ao espetáculo que estava tão perto delas. Depois de um tempo, fui obrigada a cumprir meu trajeto até determinada agencia bancária, mas na volta, aproveitei o pequeno engarrafamento para ver como o mar respeitava a imponência das pedras. Por mais furioso que pudesse parecer, ao arrebentar suas ondas na pedra de Itapuca, a sensação que tinha era que os dois tinham feito um acordo – iriam parecer brigar, mas na verdade estavam apenas encenando um balé, onde as ondas dançavam, ora tranquilamente, ora com furor. Ainda que a maioria das pessoas prefira ficar sentadas naquele banco com o sol a pino, eu senti ali o prazer de estar num lugar que gosto e com a melhor companhia que poderia ter – a minha. Sentada, com o pretexto de esperar o tempo passar e o trânsito melhorar, percebi que gosto de estar com os meus pensamentos. Conseguia ver escrito vários textos em minha mente, nenhum melancólico, como alguém desavisado poderia pensar. A chuva não me trás melancolia. Os artistas reagem de maneira diferente às mesmas situações; não que me considere uma artista, mas estou aprendendo a usar as palavras como um formão e, o papel a madeira, sei que um dia conseguirei enfim, esculpir algo, mas até lá, irei rascunhando por aqui. Sentada naquele banco, consegui visualizar até mesmo o momento que compartilharia estas palavras e agora, aqui, abrigada pelo aconchego do lar, ouvindo “Esquadros” de Adriana Calcanhoto, concluo que sempre vivi assim, prestando atenção as pessoas e as coisas a minha volta, a única diferença é que nem sempre conseguia escrever sobre elas.
Quando comecei o texto falando sobre paixão, falei sobre paixão destas que são para sempre ... depois que chega não tem mais como ficar sem sentir.... e vou continuar no tema. Ando apaixonada pela vida. Não pense que estou nadando num mar de rosas, longe disso, hoje mesmo já derramei algumas lágrimas de preocupação, mas ainda que elas existam, eu tenho vivido tão intensamente as minhas alegrias, as conquistas, que as tristezas e as preocupações não conseguem tirar o brilho de ver a vida seguir um curso diferente do que esperava. Estou apaixonada pela ideia do livro “nascer”, perceber que não é impossível fez com que esta vontade de escrever me dominasse e me fizesse refletir sobre meus sonhos para o futuro. (Lembra quando expliquei o porquê deste blog, qual livro foi o “gênesis” dele? Não? Então dá uma olhadinha no primeiro post e descubra) Hoje sinto o peso da vontade de escrever pesando horrores, *rs.
Viver na expectativa de ser lido é tão interessante quanto viver esperando a próxima chuva para frutificar.
Estou apaixonada pelos sonhos que virão, pelos amigos que tenho conhecido, pelas mulheres que estão habitando meu dia-a-dia. Apaixonada pelos sorrisos e também pelas lágrimas. Apaixonada pelas chegadas e também pelas partidas. Apaixonada pela vida!

A terra seca espera as primeiras gotas de chuva e quem escreve espera os primeiros olhos atentos as suas palavras. É assim que me sinto: como alguém que esperou pela chuva por toda a semana e agora espera que você leitor, não fique tímido, leia e também fale sobre a vida, sobre as paixões, enfim, fale, você está em casa!

Um comentário:

  1. oi amiga que lindo... seu texto ameiiiii

    uma chu vinha é sempre boooaaaaaaaa

    Ana que Deus te inspire cada vez mais pra escreve coisas lindas pra nós

    amo Você

    Rosangela Labre

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